O Conselho de Ética para as Ciências da Vida apelou esta semana para a necessidade e dever de envolver as crianças entre os 5 e os 11 anos no seu processo de vacinação contra a Covid-19. A tomada de posição do Conselho Nacional de Ética para a Ciências da Vida (CNECV) vem no sentido de promover a educação para questões da saúde.
Segundo o documento a que a Agência Lusa teve acesso, “as decisões sobre assuntos de elevada importância social devem corresponder a processos de cuidada deliberação ética, de modo a promover o bem-estar da população, a confiança dos cidadãos e a adesão às medidas sanitárias recomendadas, para a proteção de todos”.
O Conselho de Ética defende que o envolvimento da criança deve ser promovido pelos pais ou turores, e se possível também pelo pediatra, através de “um diálogo adaptado à idade e maturidade da criança, acerca do que é a vacina e para que serve, do processo de inoculação, dos efeitos secundários possíveis, bem como de resposta a todas as perguntas que a criança possa formular”.
Esta discussão ajuda a reduzir a ansiedade e o medo da vacina por parte da criança, e ajuda a criar uma oportunidade de promover a educação para a saúde.
Portugal iniciou a vacinação de crianças no fim-de-semana de 18 e 19 dedezembro, pelas que têm entre 9 e 11 anos, sendo o objetivo vacinar as crianças entre os 5 aos 11 anos. O Governo estima que as segundas doses da vacina pediátrica da Pfizer sejam administradas entre 5 de fevereiro e 13 de março do próximo ano.
Já foram inoculadas mais de 95 mil crianças entre os 9 e os 11 anos, segundo a Direção-Geral da Saúde. As crianças com comorbilidades têm prioridade, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica.
23 de dezembro 2021