Já não é novidade que as crianças são o motor por trás da conscencialização ambiental e luta por um mundo mais sustentável. Uma pesquisa austríaca provou a influência dos mais pequenos junto dos pais, que têm mais probabilidade de atuar sobre as preocupações ambientais na presença das gerações mais novas.
O estudo em questão foi levado. acabo em Innsbruck, na Áustria, em conjunto com a Universidade de Exeter no Reino Unido. O objetivo da pesquisa foi investigar o que motiva uma ação climática voluntária através de várias gerações, com o foco na relação entre pais e filhos.
O estudo concluiu que as crianças foram quem mais motivaram os pais a pensar no futuro e nas suas próprias responsabilidades em relação ao futuro do meio ambiente.
Oliver Hauser, co-autor do estudo e professor de Economia da Universidade de Exter afirmou que quando as crianças estão presentes durante o processo de decisão, os pais lembram-se da sua responsabilidade em relação às preocupações ambientais e dos benefícios de investir no futuro.
O estudo, publicado no Environmental and Resource Economics Journal, incluiu 368 pais a quem foram pagos 69 euros cada, com o propósito de saber quanto dessa quantia queriam guardar e quanto queriam investir num projeto de florestação.
Todos os participantes estavam 100% a par do esquema e detinham as informações relacionadas com o papel desse projeto na redução dos níveis de CO2. Tinham a possibilidade de comprar 46 árvores, a 1.50 euros cada, sendo que o dinheiro não investido ficaria para eles no final da pesquisa.
Para o processo de decisão, os adultos foram divididos em quatro grupos. O primeiro era composto por pais e pelos respetivos filhos, o segundo por pais e crianças que não conheciam, o terceiro por pais e outros adultos e o quarto só por pais.
Mais de dois terços dos participantes investiram todo o dinheiro no programa, plantando um total de 14 mil árvores. O grupo de pais que estava com os filhos, plantou, em média, 39.6 árvores, sendo que os pais que estavam sozinhos plantaram 37.1.
O grupo de pais que estava acompanhado por crianças que não conheciam escolheram plantar 38.2 árvores, em média. Os participantes também preencheram um inquérito que determinava o nível de cticismo que teriam em relação às mudanças climáticas.
Aqueles com algum grau de ceticismo mostraram-se menos propensos a investir em projetos climáticos quando o seu próprio filho estava presente, do que na presença de uma criança não aparentada ou outro adulto.
5 de janeiro 2021