Mais de 83 mil crianças entre os 5 e os 11 anos, têm a vacinação completa contra a Covid-19, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Este fim-de-semana foram vacinadas 5518, sendo que 2012 tomaram a primeira dose e 3506 receberam a segunda.
São exatamente 83.691, as crianças com vacinação completa, a nível primário, e 329.958, as que já receberam a primeira dose. Na passada quinta-feira, o coordenador do plano de vacinação, coronel Carlos Penha-Gonçalves, admitiu que a vacinação contra a Covid-19 destinada a crianças está aquém das expectativas.
Ainda assim, Portugal é dos países da Europa com maior taxa de adesão na faixa etária entre os 5 e os 11 anos. Segundo António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, disse que a imunização de crianças tem de ser tratado e visto como um processo de continuidade, sendo que “praticamente 50% desta faixa etária foi vacinada”.
Em janeiro, um parecer de unidade da DGS assegura que a vacinação pediátrica contra a Covid-19 é segura e eficaz, sendo que as miocardites, um dos efeitos secundários mais graves, são 60 vezes menos frequentes em crianças vacinadas.
As miocardites depois da inoculação são também muito raras e geralmente ligeiras. Com rápida recuperação, parecem não deixar sequelas. A vacinação é suportada por evidência científica robusta, como medida para diminuir a potencial gravidade do impacto da Covid-19 nas crianças e adolescentes.
Entretanto, a Agência Europeia do Medicamentos (EMA), encontra-se a avaliar a possibilidade da administração da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, para crianças entre os 12 e 15 anos. O pedido foi submetido pelo consórcio farmacêutico Pfizer/BioNTech. O comité de medicamentos humanos da EMA vai fazer uma avaliação célere dos dados apresentados pelo consórcio farmacêutico.
A cada autoridade nacional caberá a decisão final de avançar com o processo de reforço da vacinação.
21 de fevereiro 2022