De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 10% (10,7% com exatidão), das crianças, estão em privação material e social. Para a população em geral, o indicador é de 13,5%. O dados, publicados pelo INE, são o resultado do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento.
As dificuldades económicas dos agregados familiares indicam privação material e social, no sentido em que impedem 15,5% das crianças de passar férias fora de casa, pelo menos uma vez por ano, e 9,7% de participar regularmente em atividades extracurriculares ou de lazer. 6,6% não pode participar em viagens e atividades escolares de cariz gratuito.
Os resultados do inquérito indicam também que 4,3% das crianças nesta situação, não tem possibilidade de substituir roupa usada por nova, sendo que condições económicas desfavoráveis a nível familiar, também impedem 1,6% menores de celebrar ocasiões especiais.
O INE apurou ainda que mais de metade dos adultos com filhos menores fora do agregado tinha idades dos 40 aos 44 anos e dos 45 aos 49 anos. Cerca de 94% eram homens. A maioria dos filhos menores fora do agregado tinha entre 10 e 13 anos (29,0%) e entre 14 e 17 anos (31,2%).
“Apesar das restrições associadas à pandemia de covid-19, 41,6% referiram ter partilhado presencialmente tempo com os filhos fora do agregado todas as semanas, por exemplo, em refeições, brincadeiras, trabalhos de casa, passeios, conversas, deslocações casa/escola, e 15,9% todos os dias”, pode ler-se na informação divulgada pelo INE.
De acordo com os resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, no início de 2021, existiam quase 1,5 milhões de crianças com menos de 16 anos. Em Portugal, a maioria das famílias é compota por dois adultos e uma criança dependente (20,3%), ou por dois adultos e duas crianças dependentes (32,4%).
23 de fevereiro 2022