A UEFA, organismo que tutela as competições europeias de futebol, reuniu um milhão de euros para apoiar as crianças em território ucraniano, assim como as que se refugiaram em países vizinhos à Ucrânia.
A iniciativa foi dinamizada por Aleksander Ceferin, presidente da UEFA e pelos membros da Fundação para as Crianças, entidade criada pela entidade desportiva europeia.
Foi igualmente disponibilizado, de forma imediata, um fundo de emergência de 100 mil euros com o mesmo objetivo. Este fundo será aplicado pela federação moldava de futebol, que tem colaborado com organizações humanitárias no apoio a crianças afetadas pela invasão militar da Rússia ao território ucraniano.
Parte deste valor será canalizado para a compra de medicamentos e para ajudar a suprir outras necessidades dos hospitais pediátricos locais. Aleksander Ceferin recordou, em declarações disponíveis no site da UEFA, que “as crianças são muito vulneráveis em conflitos como o atual”.
“Graças à solidariedade do futebol europeu e ao apoio dos nossos parceiros, foi possível conseguir algum apoio para crianças que precisam dele urgentemente, na Ucrânia e nos seus países vizinhos”, disse também o presidente da UEFA.
A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apela à proteção e ajuda urgente às crianças ucranianas. O conflito no país está a deixar 7,5 milhões de menores completamente desamparados, com falta de bens básicos, como por exemplo água potável.
Beatriz Imperatori, presidente do Comité Português da Unicef, afirmou em declarações à Rádio Renascença, que estamos perante um cenário devastador, com muitas famílias abandonadas à sua sorte.
“As pessoas estão confusas, perdidas, sentem-se desprotegidas e os ataques a infraestruturas de água, escolas, creches e infantários têm acontecido, o que deixa um rasto de violência e de desamparo imenso”.
Tal como a organização Save the Children, a Unicef está a apoiar crianças ucranianas no país desde 2014: “nós abrimos agora uma resposta de emergência, com equipas móveis que apoiam as crianças que ficaram separadas das famílias, acolhendo-as e levando-as para zonas seguras onde, mais tarde, possam vir a reencontrar as suas famílias e, também para resposta a questões de saúde, como ferimentos e apoio psicossocial”.
2 de março 2022