O Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza desde ontem uma consulta para assistir jovens e crianças vindos da Ucrânia. De acordo com o Ministério da Saúde, esta consulta para crianças refugiadas da Ucrânia vai funcionar no Hospital D. Estefânia, em Lisboa.
Em comunicado, o ministério explica que “esta consulta tem como missão acolher, focando a perspetiva sanitária, crianças e jovens oriundas da Ucrânia requerentes de proteção temporária em Portugal”. O atendimento é feito entre segunda e sexta, em gabinete próprio do edifício das consultas externas, sendo garantido serviço de tradução.
Os utentes podem ser referenciados ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa, ao qual pertence o D. Estefânia, através do telefone 967059865. Num primeiro momento é feita uma triagem para agendar a consulta, um processo que normalmente decorre em poucas horas.
“Após uma primeira observação clínica, os utentes de origem ucraniana são encaminhados para tratamento ou consultas de seguimento específicos, de acordo com as suas necessidades”, explicou o Ministério da Saúde.
Os cidadãos ucranianos que pedem asilo e proteção temporária em Portugal, recebem automaticamente um número de utente, permitindo-lhes aceder ao Serviço Nacional de Saúde nas mesmas condições que os cidadãos nacionais beneficiando da prestação de cuidados no âmbito da saúde materno-infantil, atualização das vacinas segundo o Plano Nacional de Vacinação, agendamento de vacinação para Covid-19 e cuidados hospitalares.
Dos mais de 10 mil ucranianos que já chegaram a Portugal desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, 59% são mulheres. Mais de um terço são crianças entre os 0 e 13 anos, sendo que os homens que chegaram são, na sua maioria idosos ou estão incapacitados de lutar.
A secretária de Estado referiu que todos os municípios estão a receber ucranianos, destacando-se os distritos de Lisboa, Setúbal, Faro, Porto e Leiria. Segundo Claúdia Pereira, Portugal não estabeleceu um número máximo de refugiados a acolher, sejam crianças ou não.
22 de março 2022