Durante os últimos dois anos, quase 147 milhões de crianças prederam mais de metade da escolaridade rpesencial, como consequência da pandemia. Um relatório da UNICEF divulgado esta semana revela que em 23 países, as escolas ainda não reabriram totalmente.
O relatório, intitulado “Are Children Really Learning?”, refere atrasos na aquisição de competências básicas, que em muitos casos contribuíram para problemas pré-existentes. Catherine Russell, diretora executiva da UNICEF, menciona na introdução do documento, que a pandemia agravou uma “crise educativa global que já ameaçava o futuro de milhões de crianças em todo o mundo”.
Segundo a organização, o número de alunos fora da escola aumentou, pela primeira vez desde que há dados registados sobre o tópico: 5,9 milhões entre 2018 e 2020. Com as consequências da Covid-19, o número agravou-se. Na África do Sul, o número de alunos fora da escolatriplicou de 250 para 750 mil, entre março de 2020 e julho de 2021.
A UNICEF revela também indícios de que uma percentagem substancial de crianças não voltou à escola após a reabertura, sobretudo na Libéria (43%), Uganda (10%) e Quénia (16%).
O relatório indica que escolas não reabriram, continuando total ou parcialmente encerradas em cerca de 23 países, agravando o risco de abandono escolar. As crianças que não frequentam escolas são menos capazes de ler, escrever ou fazer operações matemáticas básicas, e estão isoladas da segurança que as escolas oferecem. Estão sujeitas a uma visda de pobreza e privação.
Antes da pandemia, em 32 dos países e territórios estudados, um quarto das crianças com cerca de 14 anos de idade, não tinha competências de leitura ou numéricas, das que são esperadas de um aluno de 7 anos.
“Não podemos continuar a falhar a uma geração inteira de estudantes”, acrescenta Russel, pedindo um esforço global, urgente e concertado.
1 de abril 2022