O ministro da Educação, João Costa, defendeu esta semana a importância da presença da área da cidadania no currículo escolar, recusando a noção que a escola deve ser um espaço de silêncio. O governante falou à margem de uma sessão nacional do Ensino Básico do Parlamento Jovem.
Numa intervenção que também contou com a presença do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, João Costa justificou com o conceito de desinformação, a razão para o Ministério da Educação colocar nos currículos escolares a área de Cidadania & Desenvolvimento.
“Fá-lo por saber que é tão importante sermos capazes de agir enquanto cidadãos como sabermos matemática, física, química, história ou português. Ou seja, não queremos que quem passa 12 anos na escola seja apenas uma enciclopédia com pernas, que sabe umas coisas, mas que é incapaz de olhar à sua volta, interpretar o mundo e agir em liberdade e consciência”, alegou o ministro.
João Costa defendeu que o melhor instrumento contra a desinformação é ler, já que é “no confronto entre várias leituras que se avalia se o que se lê no momento bate certo com outras leituras já feitas, ou se é uma novidade que coloca em causa essas anteriores leituras”.
O governante defende que a disciplina de cidadania não foi criada com o objetivo de se tornar numa aula de “papel e lápis”. “A cidadania não é um conjunto de conteúdos que memorizamos e esquecemos cinco dias depois do teste, mas sim um compromisso com uma vivência em que tomamos conta uns dos outros” afirmou João Costa.
Nesta sessão do Ensino Básico do Parlamento Jovem, foi também destacada a importância do debate de ideias, do confronto de opiniões e pluralidade em torno do que se propõe.
Se as crianças forem tratadas com preocupação e respeito pelas suas realizações e necessidades, isso irá ajudá-los a compreender que todos devem ser tratados com dignidade e respeito, agindo em conformidade.
12 de maio 2022