Sabe-se que a criança se caracteriza principalmente pela sua criatividade, pelo fascínio das descobertas, das atividades e situações diferentes, enfim, têm extremo interesse pelo novo, pelo palpável e por tudo o que é manuseado no concreto.
As brincadeiras e jogos são ferramentas excelentes para desenvolver as múltiplas inteligências da criança.
A necessidade de transformação é grande, procurar modificar as aulas nas séries iniciais, com ambiente diversificado e estruturado, é um ponto fundamental para desenvolver um ensino mais compatível com as necessidades e interesse da criança, pois sabemos que a passagem do aluno pela escola deve ser uma experiência edificante e útil.
Vários são os caminhos a serem trilhados para que o aluno possa aprender, construir seu próprio saber, num ambiente agradável.
Piaget afirma que “O jogo é um tipo de atividade particularmente poderosa para o exercício da vida social e da atividade construtiva da criança”.
Para que o educador (professor/pais) introduza jogos no dia-a-dia ou planeie atividades lúdicas, é preciso que acredite que brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade.
O jogo ativa e desenvolve os esquemas de conhecimento, aqueles que vão poder colaborar na aprendizagem de qualquer novo conhecimento, como observar e identificar, comparar e classificar, conceituar, relacionar e inferir. Também são esquemas de conhecimento os procedimentos utilizados no jogo como o planeamento, previsão, antecipação, método de registo e contagem, entre outros.
“Todas as crianças têm o direito ao descanso e ao lazer, e a participar de atividades de jogo e recreação, apropriadas à sua idade, e a participar livremente da vida cultural e das artes”. É isso o que afirma o artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da ONU.
O uso de brincadeiras e jogos é uma estratégia necessária para a aprendizagem. “Quando forçamos a criança a assistir às aulas sentada, de forma passiva, estamos a contrariar a sua natureza, que é ruidosa e alegre”.
“Quando brincamos, vamos encontro do mundo da criança, a adesão é fácil, ela participa com interesse e estabelece uma relação de confiança com seus colegas e com o educador.
Os educadores devem inserir jogos e brincadeiras que estejam à altura da compreensão e interesse da criança, com desafios motivadores. E, além disso, que contenham uma mensagem educacional adequada ao conhecimento que se deseja transmitir.
Uma atividade ludo-educativa de qualidade é aquela que entrelaça um bom jogo com uma mensagem de qualidade”.
Juliane Feldmann, Pedagoga / Psicopedagoga Clínica – http://www.ceitec.com.br, 01.08.2013