A chegada de um irmão é um acontecimento que altera a rotina da família e que pode gerar ansiedade nos pais e, sobretudo na criança que, até então, era filha única.
Existem comportamentos expectáveis, normais e transitórios nesta fase de adaptação da criança, que não devem ser condenados e que podem ser minimizados com algumas medidas que valorizem a criança e que mostrem as vantagens desta ser crescida. Estes comportamentos são, por exemplo, a regressão na autonomia (ex. voltar a usar fraldas, chucha, biberão, linguagem mais infantil), os ciúmes, as birras ou outras atitudes que visam chamar a atenção.
O nascimento de um irmão deve ser sempre explicado desde a gravidez, aproveitando as mudanças corporais da mãe para introduzir o tema, através de auxiliares como jogos, livros, computador.
É importante a criança contactar com bebés durante a gravidez da mãe, de forma a familiarizar-se com o pequeno novo membro da família que chegará.
A criança deve ser envolvida nas tarefas de preparação para a chegada do irmão de modo a sentir-se útil (ex: ajudar na escolha do nome ou na decoração do quarto).
Os pais devem reforçar antes e após o nascimento que gostam muito da criança e que o amor deles não vai diminuir.
Após o nascimento do bebé, é inevitável a alteração de rotinas mas é importante tentar manter atividades que previamente realizavam com a criança e terem momentos a só com ela (ex. brincar no jardim, ler uma história).
Há que dar à criança responsabilidade e permitir que ajude nos cuidados do irmão, de acordo com as suas capacidades, ou seja: deixar pegar no bebé ao colo em segurança, participar no banho ou na muda da fralda, entre outros.
Se a alteração de comportamento persistir ao longo do tempo deve ser procurada ajuda junto do médico assistente.
Artigo original: www.hospitalcufdescobertas.pt