Os primeiros casos pediátricos de varíola dos macacos (monkeypox), foram registados nos últimos dias nos Estados Unidos da América. As autoridades de saúde norte-americanas garantem que as duas crianças infetadas estão de boa saúde.
As autoridades do país também garantem que os dois casos pediátricos de varíola dos macacos não estão relacionados entre si. O país já conta com mais de três mil casos registados da doença.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, citado pelo jornal britânico The Guardian, os casos registados são de uma criança residente no estado da Califórnia, e de um bebé que não reside no país. A transmissão ocorreu a nível doméstico, concluiu a investigação do CDC.
No final de junho, João Paulo Gomes, investigador do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, defendeu que há grupos de risco, nomeadamente grávidas, crianças e imunodeprimidos, que devem ser protegidos da infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como emergência global, no passado fim-de-semana. A Direção-Geral da Saúde (DGS) garante que Portugal já adotou as medidas fundamentais para responder ao surto da infeção.
À Agência Lusa foi transmitido que “todas as medidas têm sido tomadas”, mesmo antes de se conhecer esta posição da Organização Mundial da Saúde.
A Comissão Europeia já aprovou a extensão da vacina Imvanex, do grupo farmacêutico Bavarian Nordic, contra a propagação do vírus da varíola do macaco. A autorização da Comissão é transferida para todos os Estados-Membros da UE, assim como para Islândia, Liechtenstein e Noruega. É na Europa que se registam a maior parte dos casos a nível mundial.
Esta vacina é o único fármaco com autorização para atuar na prevenção da doença, sendo que já é utilizada na União Europeia desde 2013.
26 de julho 2022