Todos nós desejamos que o nosso tesourinho se torne um exemplo de sucesso e inteligência. Para tal, muitos de nós tentamos uma multiplicidade de estratégias, das mais tradicionais às mais experimentais, com ou sem ajuda profissional, para levar esse objetivo a bom porto.
Mas o que é que diz a ciência sobre as melhores estratégias de fomento de aprendizagem?
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1. Dormir bem
Dormir bem é inteligente: diversos estudos têm comprovado a importância de as crianças e adolescentes dormirem as horas suficientes. Por outro lado, a privação de sono faz diminuir o sucesso académico.
Um estudo liderado por Avi Sadeh da Universidade de Tel Aviv, Israel, indicou que cada hora de sono diário perdida equivalia à perda de dois anos de maturação e de desenvolvimento cognitivo.
As necessidades em termos de horas de sono para bebés, crianças e adolescentes são as seguintes*:
- 0-3 meses: 14-17 horas diárias de sono
- 4-11 meses: 12-15 horas diárias de sono
- 1-2 anos: 11-14 horas diárias de sono
- 3-5 anos: 10-13 horas diárias de sono
- 6-13 anos: 9-11 horas diárias de sono
- 14-17 anos: 8-10 horas diárias de sono
2. Praticar exercício físico
Deixe o seu filho correr, saltar, praticar desporto entre as tarefas académicas. Combinar a dedicação aos livros com a devoção à bola de futebol promovem uma melhor aprendizagem.
Um estudo alemão demonstrou que se consegue aprender novo vocabulário 20% mais rapidamente após a prática de exercício físico do que antes do mesmo. Outro estudo revelou que a prática de exercício físico permite um aumento de 30% no fluxo sanguíneo na parte do cérebro responsável pela aprendizagem e memória.
3. Educação musical
Faço-o aprender um instrumento musical: um estudo indicou que as crianças que frequentam aulas de música revelam maiores aumentos do quociente de inteligência (QI).
Mais, quanto mais prolongada a educação musical, maior parece ser o benefício para o desenvolvimento do QI, indica ainda o estudo da Universidade de Toronto, Canadá, liderado pelo investigador Glenn Schellenberg.
Adicionalmente, a educação musical é igualmente benéfica para os mais velhos, proporcionando uma desaceleração no envelhecimento, atesta um estudo da Universidade de Northwestern, EUA.
4. Aprendizagem ativa
A aprendizagem é um processo ativo. A verdadeira aprendizagem não é passiva.
Bombardear o seu bebé com jogos para treinar o cérebro poderá não ser tão eficaz como aparenta. Daniel Coyle, autor de “O Código do Talento”, explica que o nosso cérebro desenvolve-se através da prática e não tanto através da teoria. Sendo assim, na adoção de muitas competências é recomendado que se passemos dois terços do tempo a testarmo-nos em vez de memorizarmos como fazer.
5. Não leia para o seu filho, leia com ele
Leia com o seu filho: em vez de ler ao seu filho, quando este está na altura de aprender a ler, desperte-lhe a atenção para as palavras, lendo-as com ele.
Muitas vezes, ao lerem com os seus filhos, os pais não chamam a atenção para a parte gráfica, ficando a criança concentrada apenas nas imagens.
Um estudo das Universidades de Alberta e de British Columbia, Canadá, demonstrou que quando os pais se envolvem na leitura partilhada, dando especial atenção ao desenvolvimento das competências e estratégias de leitura, esta atividade torna-se eficiente na promoção de competências de literacia, mesmo nas crianças desfavorecidas.
* Fonte: National Sleep Foundation. How Much Sleep Do We Really Need? (2015). Para mais informação consulte De quantas horas de sono realmente precisamos?
Fonte: http://time.com/12086/how-to-make-your-kids-smarter-10-steps-backed-by-science/