Mais um estudo sobre os efeitos da Covid-19, levado a cabo nos Estados Unidos da América, afirma que crianças infetadas com o vírus, têm um risco significativamente maior de vir a ter diabetes tipo 1.
Os autores do estudo, que já foi publicado na revista científica JAMA, analisaram registos de saúde eletrónicos, recolhidos de pessoas até aos 18 anos. Foram analisados os dados de mais de meio milhão de crianças e adolescentes (um total de 571.256 utentes). Neste número estão incluídas 285.628 crianças que estiveram infetadas com Covid-19, até dezembro de 2021, e 285.628 que tiveram outras infeções respiratórias, durante o mesmo período.
A equipa de investigação, da Faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, no estado do Ohio, descobriu que, após o diagnóstico de Covid-19, os pacientes tinham 96% mais hipóteses de serem diagnosticados com diabetes tipo 1, quando comparados com pessoas que estiveram infetadas com outro tipo de infeção respiratória.
Durante os três meses seguintes à infeção por Covid-19, as probabilidades de contrair diabetes tipo 1 aumentaram para 110%, diminuindo para 83%, após seis meses. Seis meses após o diagnóstico de Covid-19, 0,043% dos utentes (123 crianças) foram diagnosticados com diabetes tipo 1, o que é cerca de 72% mais do que os 0,025% (72) que tiveram outras infeções respiratórias.
Mais uma entre várias teories que ainda estão a ser investigadas, sobre os efeitos de um vírus, que apesar de já ter deixado a sua marca, ainda é relativamente recente e pede mais estudos sobre consequências ainda desconhecidas.
De recordar que em maio passado, um estudo publicado na prestigiada publicação médica The Lancet, relacionou os casos da hepatite aguda infantil registada no início deste ano, em mais de 20 países, num total de mais de 340 casos, com a infeção pediátrica por Covid-19.
28 de setembro 2022