A Direção-Geral da Saúde* recomenda a suplementação de ácido fólico, iodo e ferro no período pré-concecional, gravidez e amamentação.
Durante a gestação, as necessidades diárias de iodo aumentam uma vez que, para além do sistema materno, também o bebé precisa deste oligoelemento para o seu correto desenvolvimento.
Iodo na gravidez
Importância do iodo na gravidez
O iodo é um oligoelemento essencial à síntese das hormonas tiroideias e a sua carência pode causar uma alteração permanente no desenvolvimento do sistema nervoso central do feto e no desenvolvimento psicomotor ao longo da infância.
A suplementação de iodo deve ser iniciada o mais cedo possível – 150-200 μg/ dia (desde que não existam contra indicações para o fazer).
Iniciar a suplementação com iodo ainda antes de engravidar
Como o feto só consegue sintetizar hormonas tiroideias a partir da 20ª semana da gestação, depende, até lá, do fornecimento materno para satisfazer as suas necessidades.
Se a mãe tiver uma deficiência de iodo, não consegue fornecer ao seu bebé a quantidade de que este necessita para o seu desenvolvimento.
Assim, para a suplementação com iodo ser eficaz deve ser iniciada antes de a mulher engravidar ou até às 10 semanas de gestação. Se a suplementação começar após as 10 semanas, pode ter sido ultrapassado o período relevante.
Deficiência de iodo na gravidez
A deficiência de iodo grave na gravidez tem sido associada a aborto espontâneo, nados-mortos, malformação congénita e parto prematuro.
Para além do ácido fólico, a suplementação com iodo é particularmente indicada na gestação.
Alimentos ricos em iodo
A suplementação com iodo no período pré-concecional, gravidez e amamentação contribui para atingir os valores recomendados, bem como o consumo de alimentos ricos em iodo como:
- Mariscos;
- Crustáceos;
- Algas;
- Leguminosas e hortícolas;
- Peixe de água salgada;
- Sal iodado,;
- Leite e outros produtos lácteos, entre outros.
Alimentos que reduzem a absorção de iodo
Alguns alimentos como o bambu, cenoura, couve-flor, milho e mandioca reduzem a absorção de iodo pelo organismo, por isso devem ser evitados quando há pouca ingestão de iodo.
* Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco, Direção-Geral da Saúde, dezembro 2015