Cuidados a ter quando dá medicação ao seu filho. Quando a criança adoece e precisa de tomar medicação, só o médico pode avaliar o tratamento correto. Depois, cabe aos pais seguirem as instruções para evitar que a condição de saúde do seu filho se agrave ou que não haja as melhorias esperadas.
Estar bem informada sobre a medicação, alguns cuidados e alertas, podem simplificar a vida dos pais e ajudar a ultrapassar a doença com maior tranquilidade e de forma menos penosa para a criança.
Cuidados a ter quando dá medicação ao seu filho
Reutilização dos medicamentos
Quando comprar um medicamento para o seu filho, use-o de acordo com o indicado pelo médico e não guarde o excedente para usar mais tarde. Na grande maioria dos casos, quando precisar de o voltar a usar já passou muito tempo, e o medicamento já perdeu a sua eficácia ou está fora do prazo de validade.
Não use nem permita que outra pessoa utilize o medicamento mesmo que os sintomas lhe pareçam semelhantes e não o utilize para tratar outras doenças. Dar medicação a uma criança exige sempre prévia avaliação médica.
Respeitar a dose recomendada
A dose do medicamento a administrar à criança deve ser rigorosa e de acordo com as indicações médicas. Na consulta, pergunte ao médico:
O que é e para que é utilizado o medicamento:
- Precauções a tomar na sua utilização;
- Alergias ou outros sintomas secundários que a devem levar a procurar ajuda médica ou a suspender o tratamento;
- Possíveis interações com outros medicamentos que a criança esteja a tomar;
- Como atuar no caso de esquecer alguma dose;
- O que fazer no caso de dar uma dose acima da recomendada;
- Horários da toma e dose;
- O que pode esperar a partir do momento em que começa a fazer o tratamento.
Respeitar a frequência / horário das tomas
Quando comprar a medicação, escreva nas embalagens os horários para não haver possibilidade de esquecimento ou troca de horas.
Nos bebés e crianças, não respeitar os intervalos da medicação pode ter consequências indesejáveis e atrasar o tratamento.
Ter também em atenção
- Dar o medicamento exatamente de acordo com as indicações do médico ou como descrito no folheto;
- Usar a colher medidora do medicamento ou uma seringa com medida;
- Procurar orientação médica se os sintomas não desaparecerem no tempo previsto ou se houver dúvidas durante o tratamento;
- Não exceder a dose nem a duração do tratamento recomendadas pelo médico nem o abandonar quando os sintomas começam a desaparecer (como é o caso dos antibióticos que devem ser tomados até ao final da embalagem para completar o tratamento de forma eficaz);
A posologia é variável em função da criança, idade, peso e situação clínica e, por isso, não deve ser alterada a não ser que haja indicação médica para o fazer.
Alguns conselhos para evitar intoxicações com medicamentos
- Não dar medicamentos às escuras e não exceder as doses prescritas;
- Guardar os medicamentos fora do alcance das crianças;
- Não utilizar embalagens vazias para guardar outros produtos, a guardar nas suas verdadeiras embalagens;
- Fechar as embalagens e guardar os medicamentos imediatamente após o uso;
- Ler as instruções de administração dos medicamentos com cuidado;
- Não guardar sobras de medicamentos para as utilizar mais tarde;
- Não usar a medicação de uma criança noutra criança.
O que fazer em caso de engano no medicamento ou dose
A calma é muito importante, não se precipite mas não perca tempo. De acordo com a gravidade da situação, contacte a entidade que melhor a pode ajudar:
- Linha Saúde 24: 808 24 24 24
- Pediatra
- Em caso de intoxicação, telefonar para o Centro de Informação Antivenenos do INEM: 808 25 01 43. Este serviço médico funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Para cada situação serão aconselhadas as medidas que deverá tomar. Procure dar informações que possam ajudar o CIAV a identificar a situação, designadamente: Quem, O quê, Quanto, Quando, Onde e Como.
- Número de Emergência 112 (no caso de intoxicação ou envenenamento). O 112 pode ser ligado através dos telefones das redes fixa e móvel. A chamada é gratuita e é atendida de imediato pelos centros de emergência que acionam o sistema médico.