A alimentação na gravidez é um factor essencial para a saúde materna e para o desenvolvimento do bebé.
Mas, por vezes surgem algumas dúvidas como “Que tipo de peixe se pode comer na gravidez?“, “Há peixes que não devem ser consumidos?”
A importância de consumir peixe na gravidez
O bebé recorre à glicose como principal fonte de energia para o seu desenvolvimento. Por isso, cerca de 55% das calorias ingeridas diariamente devem ser hidratos de carbono.
Mas também as gorduras fornecem muita energia à grávida e ao bebé e devem contribuir com 25 a 30% do total de calorias diárias. As gorduras também asseguram o aporte de ácidos gordos essenciais (ómega 3 e 6), particularmente importantes na formação do sistema nervoso e da retina do bebé.
Alguns peixes gordos, como a cavala, carapau, sardinha, salmão, são boas fontes de ácidos gordos que a mãe só consegue ir buscar à alimentação.
Para além dos ácidos gordos essenciais, o peixe é rico em iodo, fósforo e proteínas sendo recomendado o seu consumo 2 a 3 vezes por semana.
Peixe cru na gravidez
O peixe e mariscos crus bem como moluscos e bivaldes, devem ser evitados na gravidez devido ao risco de infeção por toxoplasmose.
O consumo de peixe e marisco na gravidez implica serem cozinhados para diminuir a probabilidade de causarem uma intoxicação alimentar.
Peixe com elevados níveis de mercúrio
O mercúrio é um metal pesado presente em excesso na água do mar devido à poluição.
Alguns peixes de águas profundas, como o espadarte, atum, tintureira, cavala, tubarão ou peixe-espada, são mais suscetíveis de contaminação e, por isso, o seu consumo deve ser evitado ou reduzido a 100 – 170 g por semana durante a gravidez.
O mercúrio em excesso na gestação pode provocar danos graves no sistema neurológico do bebé.
Cuidados especiais:
- Restrinja ou evite o consumo de peixe com alto teor de mercúrio;
- Prefira peixes com baixos níveis de mercúrio como salmão, sardinha, pescada, truta, anchovas, linguado, solha, perca, arenque ou badejo.