Um em cada três bebés que nascem na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, é filho de mãe estrangeira. 21% destas mães são de nacionalidade brasileira, seguindo-se a nepalesa (15%), bangladeshiana (12%) e angolana (7%). A diversidade cultural da maternidade é reflexo da cidade.
A abordagem a este tema feita durante o passado mês de dezembro, por ocasião do Dia Internacional dos Migrantes. Segundo dados divulgados pela Maternidade Alfredo da Costa, já em 2017 os partos das mulheres estrangeiras representavam 20% do total de nascimentos lá registados.
Além das principais nacionalidades registadas, também foram realizados partos de mulheres da Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Índia e Paquistão. A adaptação a este diverso conjunto de nacionalidades tem vindo a ser feita com recursos que ultrapassam as barreiras linguísticas.
O serviço de tradução telefónica da maternidade está disponível em 60 línguas. entre outros recursos relacionados com novas tecnologias. A Maternidade Alfredo da Costa conta também com pessoas de referência das comunidades às quais pertencem as grávidas e recém-mamãs. No serviço de urgência, é disponibilizado um manual de acolhimento com tradução em nove línguas, um importante apoio na intervenção da equipa de saúde junto da população imigrante.
Para cada bebé filho de mãe estrangeira, existe um processo destacado para conhecer, perceber e respeitar as diferentes dinâmicas familiares e culturais. Este processo inclui rituais ligados à maternidade e tratamento da mulher.
Por exemplo, relativamente aos hábitos alimentares, a Maternidade Alfredo da Costa assegura que as suas nutricionistas aprofundaram conhecimentos para a adaptação das dietas às necessidades nutricionais da gravidez, sem esquecer as culturas próprias Esta é uma intervenção importante na consulta de gravidez e diabetes, já que é uma doença muito comum entre a população asiática.
A Maternidade Alfredo da Costa celebrou 90 anos em 2022.
9 de janeiro 2022