Novo Programa Nacional de Vacinação 2017 entra em vigor em Portugal
O novo Programa Nacional de Vacinação que entro em vigor em janeiro de 2017 prevê algumas mudanças, como se pode consultar no site oficial do Serviço Nacional de Saúde.
Nova e mais abrangente vacina contra o HPV
Uma das principais novidades do novo Programa Nacional de Vacinação passa por uma nova e mais abrangente vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) que vai ser administrada às raparigas mais cedo, a partir dos 10 anos.
Fim da vacinação universal com a BCG
O novo Programa Nacional de Vacinação prevê também o fim da vacinação universal com a BCG, contra a tuberculose, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a grupos de risco para a tuberculose ou as que vivem numa determinada comunidade, com uma elevada incidência da doença.
Vacina hexavalente para as crianças
Outra novidade consiste na junção de vacinas do Programa Nacional de Vacinação a administrar aos dois e seis meses de idade. As crianças passam a receber uma vacina hexavalente, na qual constam a proteção contra a hepatite B, Haemophilus influenzae tipo b (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e a poliomielite.
Tétano
A vacina contra o tétano também vai sofrer alterações passando a ser administrada aos 10, 25, 45 e 65 anos de idade. Após os 65 anos, a vacina volta a ser administrada de 10 em 10 anos.
Tosse convulsa
O novo Programa Nacional de Vacinação contempla ainda a vacinação das grávidas contra a tosse convulsa para a proteção dos recém-nascidos até poderem iniciar a vacinação contra esta doença, a partir dos dois meses de idade.
A tosse convulsa é uma doença que nos adultos e nos jovens mais velhos é benigna mas que nas crianças até aos 6 meses de idade, pode ser uma doença grave. Como estas crianças não se podem vacinar antes dos dois meses de idade, a vacina é administrada à mãe no final da gravidez, idealmente entre as 20 e as 36 semanas da gravidez, e a mãe faz ela própria os anticorpos e passa essa imunidade através da placenta para o seu filho.
Para mais informações consulte o novo Programa Nacional de Vacinação.
A Direção-Geral da Saúde, coordenadora do Programa, sublinha que uma elevada cobertura vacinal permite imunizar quem é vacinado, mas também evitar a propagação de doenças, uma vez que a imunidade de grupo impede a circulação de agentes patogénicos.