Avaliação do desenvolvimento 2 anos
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo, sendo constante a ordem de aparecimento das diferentes funções. Contudo, a velocidade de passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e, consequentemente, a idade de aparecimento de novas aquisições também difere.
As escalas de desenvolvimento e os testes servem como “padrão de referência da normalidade”, contribuindo para vigiar a saúde infantil e, ao mesmo tempo, motivar e encorajar os pais / educadores, que convivem e observam a criança no seu contexto natural, a levantarem questões e a participarem na promoção do desenvolvimento dos seus filhos.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 2 anos
Postura e motricidade global
- Corre;
- Sobe e desce com os dois pés o mesmo degrau.
Visão e motricidade fina
- Constrói torre de 6 cubos;
- Imita rabisco circular;
- Gosta de ver livros;
- Vira uma página de cada vez.
Audição e linguagem
- Diz o primeiro nome;
- Fala sozinho(a) enquanto brinca;
- Junta duas ou mais palavras, construindo frases curtas;
- Apresenta linguagem incompreensível, mesmo pelos familiares;
- Nomeia objetos.
Comportamento e adaptação social
- Coloca o chapéu e os sapatos;
- Usa bem a colher;
- Bebe por um copo e coloca-o no lugar sem entornar.
Sinais de alarme 2 anos
- Não anda sozinho;
- Deita os objetos fora;
- Não constrói nada;
- Não parece compreender o que se lhe diz;
- Não pronuncia palavras inteligíveis;
- Não se interessa pelo que está em seu redor;
- Não estabelece contacto;
- Não procura imitar;
- Tem estrabismo.
Atividades promotoras do desenvolvimento
- Proporcionar brincadeiras como: pular num só pé, correr, saltar uma corda, de modo a estimular a coordenação motora.
- Controlo esfincteriano se a criança tiver desenvolvido competência da fala.
- Estimular a arrumação, imitação e declínio do negativismo.
- Ajudar a criança a pronunciar palavras, mas pelo estímulo positivo.
- Oferecer tintas para a criança mexer e desenhar.
- Dar-lhe a conhecer várias texturas e materiais.
- Contar histórias e dar puzzles.
- Facilitar oportunidade de jogo simbólico.
- Pedir para ajudar em pequenas tarefas diárias.
- Dar oportunidade para a criança emitir o próprio pensamento e desejo, mantendo os limites.
- Reforçar a necessidade de impor regras e limites e não ceder à chantagem da criança.
Desenvolvimento infantil
A criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social. A avaliação desse percurso, a deteção precoce de quaisquer perturbações, e das implicações que estas têm na qualidade de vida e no sucesso educacional e integração social da criança, são o principal objetivo da vigilância de saúde infantil e juvenil.
Nem todas as crianças chegam à mesma idade no mesmo estádio de desenvolvimento. Para além disso, o desenvolvimento infantil processa-se muitas vezes de forma descontínua, com “saltos”.
No que toca ao desenvolvimento intelectual, o estímulo e a promoção do desenvolvimento são fundamentais para que cada criança possa atingir o máximo das suas potencialidades, quer no seu processo educativo e social, quer nas áreas para as quais está particularmente apta.
Assim, o acompanhamento das aquisições do desenvolvimento deverá ser um processo flexível, dinâmico e contínuo, à semelhança, aliás, do próprio processo maturativo da criança.
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 – 6 Semanas
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 6 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 9 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 12 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 18 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 5 Anos
Fonte: Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil que entrou em vigor a 1 de Junho de 2013 e substituiu o Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, Orientação Técnica nº12, 2ª edição de 2005. Norma 010/2013 de 31/05/2013