A depressão infantil é uma perturbação grave e que deve ser alvo de tratamento aos primeiros sintomas. Uma boa avaliação é essencial para que determinem as causas e se delineie um plano de intervenção que seja o mais eficaz e menos invasivo possível.
Antes de tudo é importante que os pais e restantes figuras de relevância da criança estejam atentos aos primeiros sinais e assim que notem alterações seja no seu comportamento que partilhem essa informação com um especialista.
Tratamento depressão infantil
O tratamento da depressão infantil varia muito de idade para idade mas também de criança para criança.
Avaliação e diagnóstico
Começa sempre com uma avaliação que deve ser o mais minuciosa possível, realizada por um especialista e que utiliza os materiais adequados tendo em consideração fatores como a idade ou o grau de desenvolvimento.
Esta estratégia é utilizada quando a criança ainda não está apta a comunicar de maneira eficaz do ponto de vista da linguagem (por exemplo) ou realizar exercícios que exijam uma capacidade cognitiva mais desenvolvida.
Os testes utilizados requerem assim muitas vezes a colaboração da criança através de desenhos ou jogos lúdicos, permitindo que o técnico possa chegar a uma conclusão em termos de diagnóstico pela análise desse material produzido.
É essencial que exista um diagnóstico precoce para que a intervenção seja o menos invasiva possível, sem medicação de preferência (se bem que em alguns casos possa ser necessário).
Tratamento da depressão infantil
Normalmente o tratamento requer uma intervenção multidisciplinar na qual vários especialistas estão envolvidos e em que os pais, professores, educadores também podem ter um importante contributo.
A colaboração destes últimos pode ajudar em muito a intervenção uma vez que podem promover alterações nas rotinas na criança (e ajudar a que a criança as cumpra) como são exemplos a prática de atividades (como o desporto ou música).
Para além disso, também podem estimulá-la para que esta saia da sua “zona de conforto” pedindo para esta brincar com outros amigos (por exemplo) ou a promoção de rotinas mais saudáveis como os bons hábitos de sono e alimentação, muito importantes para que a criança melhore a sua condição física e mental.
A intervenção profissional, passa pela Psiquiatria (que pode avaliar se a criança precisa de algum reforço em termos de psicofarmacologia) e pelo Psicólogo (que através do acompanhamento promove na criança alterações importantes do ponto de vista cognitivo que contribuem para que esta melhore a sua imagem de si mesma, entre outros).
Intervenção profissional
Existem hoje em dia muitas intervenções que apresentam altas taxas de sucesso:
1. Psicologia
A Psicoterapia e o acompanhamento Psicológico são muito importantes seja na avaliação e consequente diagnóstico, seja no controlo dos sintomas.
Através da promoção de alterações comportamentais e cognitivas, a criança desenvolve uma maior gestão das suas emoções, bem como a autoestima e autoconceito, já que uma criança com sintomas depressivos perceciona-se muitas vezes como incapaz, com sentimentos de inutilidade e tristeza marcada.
2. Psiquiatria
Em certos casos, muitas vezes é necessário o acompanhamento pela Pedopsiquiatria através da prescrição de alguma farmacologia que providencie uma maior estabilidade neuroquímica, diminuindo consequentemente os sintomas e a promoção de um humor mais estável
3. Outros especialistas
Pediatria, Medicina Geral e Familiar, Nutrição assim como outros técnicos podem ter uma palavra a dizer na intervenção numa criança com depressão infantil.
Como referido anteriormente uma boa avaliação é essencial para que determinem as causas e se delineie um plano de intervenção que seja o mais eficaz e menos invasivo possível.