Como lidar com a ansiedade da separação provocada pelas mudanças que fazem parte da rotina de qualquer criança? As transições, como a entrada na creche ou escola, bem como um divórcio, uma mudança de cidade ou casa podem potenciar a ansiedade nas crianças no que toca ao medo do afastamento dos pais e restantes cuidadores.
Como lidar com a ansiedade da separação?
A época pós-férias é uma altura propícia para esta ansiedade voltar com mais vigor, deixando muitos pais preocupados com os comportamentos dos seus filhos.
Antes de tudo é necessário que se compreenda que não deixa de ser um comportamento normal, uma vez que a criança gosta de estabilidade e, depois de vários meses de férias, volta à escola em setembro criando uma grande quantidade de sentimentos que polvilham os seus pensamentos.
Estes, podem ir desde o medo do desconhecido (novos colegas, professores, escola), até às expectativas que ela cria com base nesta nova etapa que se aproxima.
Lidar com a ansiedade da separação
No entanto, algumas atitudes podem favorecer a diminuição dos níveis de ansiedade e que poderão ser adotados pelos pais nestas fases de transição:
1. Seja empático
Compreender estes sentimentos, colocando-se no lugar da criança é o primeiro passo para que a possamos ajudar, uma vez que conseguimos adaptar as nossas atitudes com mais cuidado e eficácia.
2. Converse
Depois de compreender a fase que esta está a ultrapassar, proporcione à criança momentos aos quais ela possa falar sobre o que sente. Muitas vezes as crianças não extravasam os seus sentimentos e preocupações por receio de serem ridicularizadas ou castigadas.
Permitir que esta verbalize, além de fazer com que não se sinta sozinha na sua “luta”, permite ao cuidador que saiba pelas palavras da criança o que realmente se está a passar
3. Estabeleça rotinas
O período pós-férias é de uma grande alteração das rotinas, uma vez que as aulas e restantes actividades voltam a fazer parte do dia-dia da criança que, durante as férias muito provavelmente era preenchido com brincadeira.
Estabelecer rotinas e preparar a criança para esta mudança previamente e com tempo, contribui para que o choque na transição não seja tão grande e também uma maior estabilidade.
Em conclusão
A ansiedade é um processo normal em todos nós. Nas crianças, que estão no apogeu do seu desenvolvimento, é absolutamente normal que se manifeste sem que seja motivo de alarme.
No entanto, caso esta manifestação seja constante e perdure durante muitos meses, afetando as rotinas e atividades da criança, cabe-lhe a si estar atento e procurar ajuda profissional.