O aleitamento materno é amplamente reconhecido como o melhor método de alimentação do bebé.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou o aleitamento materno exclusivo como o regime ótimo para a alimentação de crianças.
O aleitamento materno exclusivo refere-se à alimentação do bebé apenas com leite materno – e nada mais – durante os primeiros 6 meses de vida, seguidos por uma amamentação continuada e complementada adequadamente até aos dois anos de idade no mínimo.
É reconhecido que o aleitamento materno tem um impacto muito positivo sobre a saúde e o desenvolvimento inicial da relação emocional entre o bebé e a mãe.
Estudos demonstram que, para os bebés, o aleitamento materno pode afetar a nutrição, o crescimento e o desenvolvimento, uma vez que crianças que adoecem com maior frequência podem não atingir em pleno o melhor desenvolvimento físico, intelectual e psicoemocional e oferecer proteção contra infeções gastrointestinais e respiratórias, alergias e algumas doenças crónicas.
Assim, o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida tende a gerar benefícios importantes para o desenvolvimento na primeira infância.
O aleitamento materno e o desenvolvimento psicossocial da criança
O aleitamento materno pode influenciar o desenvolvimento psicossocial da criança porque:
- O leite materno contém substâncias bioativas, tais como ácidos gordos polinsaturados de cadeia longa (AGPICL) que são essenciais para o desenvolvimento cerebral;
- As propriedades biológicas do leite materno e qualidade da interação mãe-bebé durante o processo de amamentação podem contribuir para melhorar o desenvolvimento intelectual da criança;
- O aleitamento materno parece ter efeito protetor contra a obesidade infantil, condição com profundas consequências psicossociais para a criança.
O aleitamento e a alimentação materna
Importa salientar que alimentar o bebé exclusivamente com leite materno implica total dependência da qualidade do leite materno. Nesse sentido, a dieta e o estilo de vida da mãe são fundamentais para a qualidade do leite produzido.
O tabaco, o álcool ou uma alimentação desequilibrada podem afetar negativamente a qualidade do leite. Por isso, os profissionais recomendam alongar os cuidados com a alimentação no período da gravidez durante a amamentação.
As mães que conseguem amamentar também usufruem de muitos benefícios. Sentem-se mais seguras, capazes e confiantes para cuidar do seu bebé, relatam níveis mais baixos de stress e depressão e níveis mais altos de apego maternal.
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Bibliografia: Kramer MS, Kakuma R. The optimal duration of exclusive breastfeeding: A systematic review. Geneva, Switzerland: World Health Organization, Department of Health and Development, Department of Child and Adolescent health and Development; 2002; Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância. Tradução: B&C Revisão de Textos | Revisão técnica: Fernando Cupertino, CONASS | Revisão final: Alessandra Schneider, CONASS. Atualizado: Abril 2011