Investigação levada a cabo por investigadores da Universidade de Oxford conclui que amamentar faz bem ao coração, ou seja, as mulheres que amamentam apresentam menor risco de desenvolver doenças cardíacas.
Contudo, os investigadores alertam para a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas para identificar exatamente em que funções cardíacas a amamentação tem mais impacto e por quanto tempo as mulheres devem amamentar para obter maior número de benefícios.
Amamentação e vantagens para o bebé
O leite materno tem inúmeros benefícios para a saúde do bebé: o leite materno contribui para a formação do sistema imunológico da criança e tem um efeito protetor a longo prazo contra a obesidade, algumas formas de alergia, linfoma, diabetes, doenças cardiovasculares e do aparelho digestivo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deverá ser mantido em exclusivo até aos 6 meses, quando possível, seguido de amamentação complementar até aos 2 anos de idade.
Amamentação e vantagens para a mãe
Mas as vantagens da amamentação não se limitam à saúde infantil. Também as mulheres beneficiam com o aleitamento. A relação entre a amamentação e o cancro da mama há muito que é investigada pelos cientistas sendo a amamentação prolongada considerada como uma forma de reduzir o risco de contrair a doença.
Amamentar faz bem ao coração
Uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, vem agora dizer que a amamentação, além de contribuir para a diminuição da incidência de hemorragias pós-parto e ajudar a recuperar o peso no período pós-parto, entre outras vantagens, também diminui o risco de doenças cardíacas.
A investigação, publicada no Journal of American Heart Association, analisou cerca de 300 mil mulheres chinesas que indicaram quantos filhos tinham, se amamentaram e por quanto tempo.
Amamentar diminui o risco de doença cardíaca
Durante a gestação, o corpo materno armazena gordura para satisfazer as necessidades energéticas do bebé e da própria gravidez e essa mesma gordura também é utilizada para nutrir o bebé através da amamentação.
“As mulheres que não amamentam, essencialmente, têm reservas metabólicas que não precisam”, afirma Sanne Peters, coautora do estudo. Isso pode contribuir para o ganho de peso, o que vai aumentar o risco de doenças cardíacas.
Durante uma década, os investigadores acompanharam cerca de 300 mil mulheres chinesas e os resultados indicaram que amamentar faz bem ao coração.
As mães que amamentaram apresentaram menos 9% de risco de desenvolverem doenças cardíacas durante o período do estudo e os números foram mais altos (18%) nas mulheres que tinham mais de um filho e amamentaram cada bebé durante 2 ou mais anos.
Esta descoberta aponta para a existência de uma associação entre o aleitamento materno e a diminuição do risco de doença cardíaca. Contudo, os investigadores realçam que não existe qualquer prova científica que sugira que as mulheres que amamentam não possam, eventualmente, desenvolver problemas cardíacos.
Serão necessárias mais pesquisas para identificar exatamente em que funções cardíacas a amamentação tem mais impacto e por quanto tempo as mulheres devem amamentar para obter maior número de benefícios.