Amamentar é um dos momentos mais gratificantes para a mãe e uma mais-valia para a saúde do bebé. Conheça as técnicas recomendadas pelo Dr. Armando Fernandes, especialista em Pediatria do Desenvolvimento para amamentar com sucesso.
1. Privilegiar a higiene das mãos e dos mamilos que devem ser lavados antes e depois das mamadas e secos com cuidado.
2. É importante saber dar o peito. Sem empurrar a cabecinha do bebé, deve encostar-se o mamilo à bochecha do bebé, o que o guiará na direção certa, e ajudá-lo a agarrar o mamilo para ele mamar.
Um recém-nascido com apetite esvazia um seio por completo num máximo de 10-15 minutos.
A duração total da mamada deve ser de cerca de meia hora, incluindo os vários pequenos intervalos e o momento do arroto.
A princípio o leite sai depressa, de modo a saciar a fome do bebé, e a seguir mais lentamente, permitindo-lhe sobretudo satisfazer o seu desejo de mamar.
Por este motivo e para a saúde dos próprios mamilos, não é necessário prolongar as mamadas para além dos trinta minutos.
3. Quando tirar o seio da boca do bebé, tenha cuidado ao retirar a mamilo pois é muito provável que ele não o largue.
Um truque consiste em enfiar a dedo mindinho no espaço entre o ângulo dos lábios e o mamilo, fazendo com que o bebé abra a boca e largue facilmente o seio sem qualquer resistência.
4. Não se surpreenda se houver variações entre uma e outra refeição pois a criança também tem variações de apetite ao longo do dia; o importante é que ingira a quantidade necessária durante as 24 horas.
5. No fim da mamada, a bebé deverá ser colocado para arrotar. Porém, não é necessário insistir para que ele dê um arroto após cada mamada (se não arrotar ao fim de 3-5 minutos, provavelmente é porque não precisa).
No momento do arroto é provável que, além do ar, suba do estômago para a boca uma pequena quantidade de leite engolido, ou seja um regurgitamento, fenómeno normal que acontece algumas vezes por dia.
Se não houver problemas particulares, o aleitamento exclusivo de peito estende-se até aos seis meses de vida do bebé, altura em que se pode iniciar a diversificação alimentar (mas mantendo a amamentação se a mãe tiver leite e o desejar).
Raramente uma doença materna é indicação para a interrupção da amamentação, uma vez que esta é o ideal para o seu crescimento psicofísico.
Artigo publicado no Mãe-Me-Quer com autorização do autor, Dr. Armando Fernandes, especialista em Pediatria do Desenvolvimento no Centro Pediátrico de Telheiras.