De acordo com as últimas indicações da Organização Mundial de Saúde (2009) e da UNICEF, as pesquisas realizadas nos últimos anos fundamentam a importância:
- do aleitamento materno exclusivo e em regime livre nos primeiros 6 meses de vida (180 dias),
- a importância de uma alimentação complementar adequada a partir dos 6 meses de idade mantendo-se a amamentação até aos 2 anos ou mais.
Diretivas internacionais para a alimentação dos 0 aos 12 meses
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o leite materno é o melhor alimento para um crescimento da criança ideal, um bom nível de desenvolvimento físico e mental e um bom estado geral de saúde.
Nesse sentido, a OMS afirma que as crianças devem ser exclusivamente amamentadas durante os primeiros 6 meses de vida. Após esta idade, devem introduzir-se, faseadamente, os alimentos mais indicados para cada fase de crescimento da criança, complementando-se com a amamentação até aos 2 anos ou mais.
Os alimentos complementares devem ser ricos em nutrientes e dados na quantidade adequada à idade e necessidades nutricionais da criança. Também é importante introduzir alimentos variados, combinando-os de diferentes formas, o que incentiva a criança a provar e a experimentar texturas e sabores diversos.
Dos seis aos oito meses de idade:
A partir dos 6 meses de idade, o seu bebé poderá mostra-se interessado noutros alimentos para além do leite. No entanto, os alimentos sólido não devem ser encarados com um substituto do leite materno. Se tiver possibilidade, deverá continuar a amamentar o seu bebé até aos 24 meses de idade, como complemento à diversificação alimentar.
O desmame deve ser efetuado tão lentamente quanto possível. Durante esta fase, os alimentos devem ser amassados e oferecidos em puré fino de modo a evitar recusas e o engasgamento do bebé.
Dos oito aos doze meses:
Com o aparecimento da dentição, as crianças já são capazes de mastigar alguns alimentos mais moles como fruta, bolachas ou purés grossamente preparados.
Por volta dos 8 meses de idade, o bebé começa a adquirir destreza para segurar na colher e no copo (ou biberão) e vontade de fazer as coisas sozinho. O sentido de independência deve ser estimulado e o bebé encorajado a comer sozinho (mesmo sabendo que se vai sujar todo e tudo à volta dele…).
A partir dos 12 meses de idade:
As necessidades dietéticas do seu bebé estão a mudar, bem como a atitude face à comida e às refeições.
A maioria das crianças já acompanha a refeição da família, não sendo necessária a preparação de alimentos separadamente.
As refeições devem ser, sobretudo, momentos passados em família, onde se partilham gostos e experiências, cabendo aos adultos promover hábitos de alimentação saudáveis.
Infant and young child feeding – Model Chapter for textbooks for medical students and allied health professionals, WHO Library Cataloguing-in-Publication Data, © World Health Organization 2009