Atualmente, as Ciências da Nutrição entendem a sopa como um tipo de confeção que disponibiliza quantidades muito significativas de nutrimentos (vitaminas, minerais…) e outras substâncias protetoras do nosso organismo, que nunca chegariam a ser absorvidas de outra forma.
É de fácil digestão e de grande capacidade hidratante. A sopa, no início de uma refeição aumenta a produção biliar, reduz os teores de colesterol e promove a libertação gradual de insulina, estimulando o apetite e saciando precoce e continuamente. Ao contrário de outras preparações culinárias, não possui quantidades significativas de tóxicos, antinutrimentos ou alergénios de ocorrência natural.
Em função dos ingredientes que possui pode ser mais ou menos calórico, mais ou menos hidratante, ter mais ou menos sal, ter mais ou menos fibra. Esta flexibilidade tornam a sopa o alimento ideal para qualquer idade e para qualquer estado de saúde.
A sopa é ainda um tipo de confeção económico, relativamente rápido e que pode ser preparado antecipadamente para ser aquecido e servido apenas na hora.
Para além das questões da saúde e da nutrição, as sopas de qualidade, pertencentes ao receituário tradicional português, revelam do ponto de vista “histórico, etnográfico, social e técnico, evidenciando os valores de memória, antiguidade, autenticidade, singularidade ou exemplaridade” o que lhes permite justificar o estatuto de património cultural.