Importância do pequeno almoço aos 12 meses
É do conhecimento comum que o leite, desde o 1º dia de vida, assume um papel fundamental no ideal desenvolvimento do bebé razão pela qual a sua ingestão é repetida e assídua ao longo de vários meses.
Seja o leite materno, o leite de fórmula ou, mais tarde, o leite de vaca, é unânime reconhecer a sua importância nutricional na formação do esqueleto ósseo e da dentição para além do papel estrutural fornecido pelo seu teor em proteína, riqueza em vitaminas (A, D e K) e sais minerais (cálcio, fósforo, zinco).
Neste domínio, o leite materno possui ainda vantagem acrescida, nomeadamente pelo fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e filho, quer pela proteção imunitária que confere ao bebé, protegendo-o de riscos de doença a que se encontra, naturalmente, exposto.
Sem descurar a reconhecida importância do consumo do leite, sobretudo na infância e adolescência, a família deve ter presente que, por volta dos 12 meses, existe uma maior necessidade de enriquecer o pequeno-almoço infantil para além do habitual biberão ou momento matinal para amamentar.
Constato, ao longo de anos, no apoio técnico que tenho prestado às famílias com crianças pequenas que a 1ª refeição do dia é muitas vezes restrita ao leite, colocando de parte a oportunidade da criança consumir, logo pela manhã, fruta, pão ou cereais, alimentos que lhe oferecem novos teores nutricionais, como os hidratos de carbono, a fibra e novas vitaminas e sais minerais, não presentes no leite.
Além disso, a criança aprende assim, e desde bem cedo, a apreciar uma refeição matinal mais completa, no momento do dia em que o organismo mais precisa.
E é através de momentos partilhados, nas refeições em casa, que a criança desperta para o padrão alimentar da família e se enquadra, cada dia, no consumo de novos alimentos. Enriqueça o pequeno-almoço da família, com opções saudáveis, e partilhe esse momento com os seus filhos, logo a partir dos 12 meses de idade.
Acredite que um saboroso pão de mistura, uma fruta bem madura ou um punhado de cereais (com baixo teor de açúcar) no leite, podem despertar o interesse infantil e, lentamente, complementar a sua toma matinal de leite, nesta fase em que a criança se encontra tão desperta para alimentar-se sozinha e explorar tudo o que a rodeia.
Por volta dos 12 meses de idade, informe-se com o pediatra que acompanha a criança, sobre a quantidade de leite a reduzir na dose matinal para incentivar o consumo de outros alimentos, garantindo assim o máximo equilíbrio desta refeição assegurando também as atuais necessidades energéticas/nutricionais diárias que o seu filho precisa nesta fase.