7 Erros muito comuns dos pais nas horas das refeições
Após consultar o dicionário pude observar que a palavra Educar significa “Oferecer a alguém o necessário para que esta pessoa consiga desenvolver plenamente a sua personalidade”. Com certeza que educar um filho é provavelmente uma das tarefas mais árduas e desafiantes que uma pessoa pode ter.
As crianças são todas elas diferentes e, por isso, respondem de forma distinta a diversos estímulos. Comer é também é um processo de aprendizagem pelo qual toda criança deve passar, incluindo comer sozinho. Mas a ajuda, conhecimento, interação e atenção dos pais durante esta fase é também crucialmente para a educação, desenvolvimento e implementação de hábitos alimentares saudáveis.
Ser pai e mãe é algo que se aprende! Mas durante esta aprendizagem surgem muitas dúvidas e algumas dificuldades, com este artigo pretende-se enumerar alguns dos principais erros que os pais cometem na “educação à mesa” dos seus filhos.
1. Não deixar usar as mãos para comer
Normalmente até um ano de idade as mãos são o principal instrumento para conseguir levar comida à boca. A idade pode variar, mas geralmente só entre dois e três anos a coordenação melhora e usar garfo ou colher fica mais fácil. Um dos erros é não deixar a criança comer com as mãos até ela entender que pode usar talheres para se alimentar e aprender a manuseá-los. É importante que a criança conheça os alimentos “a sua textura, viscosidade, cheiro, cor, sabor” mas para isso tem de tocar e provar.
2. Não se sentarem com as crianças à mesa
A hora da refeição deve ser de partilha de experiências. Hoje em dia a rotina complicada do dia-a-dia dos pais, muitas vezes não permite que estes tenham os mesmos horários que os seus filhos. No entanto, e sempre que possível, as refeições devem ser feitas em conjunto, com a televisão, rádio, telefones, computadores desligados. Este é muitas vezes o único momento do dia de partilha de histórias, de observação e de aprendizagem alimentar por parte dos seus filhos.
3. Não dar o exemplo
É sabido que o maior modelo dos filhos são os pais. Os pais devem procurar estar presentes durante as refeições das crianças, ensinando e motivando para a alimentação, mas acima de tudo sendo o exemplo, pois realmente as crianças aprendem muito observando. Como podemos querer que o filho como a sopa/legumes se o pai/mãe não come? Ou como se diz não às batatas fritas se os pais as estão a comer? Ora bem, parece que dar um bom exemplo é um excelente começo.
4. Não oferecer novamente um alimento saudável na primeira recusa da criança
Um alimento saudável pode muitas vezes ser rejeitado, mas isso não significa que a criança não gosta de todo do alimento. O treino do paladar é algo demorado e que requer paciência, muitas vezes, é preciso dar o mesmo alimento 10/12 vezes a uma criança para que ela “aprenda” a gostar. Por isso, não rejeite logo um alimento que o seu filho recusou na primeira prova, pelo contrário, espere apenas mais alguns dias, prepare-o de forma diferente e colorida, e volte a insistir e a oferecer o alimento.
5. Oferecer outro tipo de comida/alimento à criança quando “não gostam” ou recusam
Fazer dois ou mais tipos diferentes de comida na mesma refeição não é uma boa prática. Os pais muitas vezes ficam de tal forma aterrorizados com a ideia de o seu filho não comer uma refeição que acabam por ceder e fazer opções diferentes para eles. A oferta de opções alimentares diferentes enquanto os seus filhos são pequenos transparece para a criança a ideia de que sempre que ela não quiser um determinado alimento terá outro como opção. Se os pais começarem a substituir o que precisa ser ingerido pelo que é apenas bom, então, poucos dias bastam para que esta prática passe de algo esporádico para rotineiro. Diante de uma birra relativa a alimentação, o pulso firme dos pais é assim essencial.
6. A alimentação ser moeda de troca
Nunca a alimentação deve ser usada como moeda de troca – “Se comeres a sopa dou-te um chocolate”. Este comportamento leva a que a criança não aprenda a comer porque faz bem, porque é bom, mas sim porque sabe que terá direito a alguma compensação, seja ela alimentar ou de qualquer outro tipo.
7. Distrair as crianças na hora da alimentação
Na hora das refeições não disperse a criança com outros entretimentos (televisão, computadores, brinquedos, telemóveis), pois ela deve ter noção de que a alimentação é fundamental para o seu crescimento e que se ficar sem comer pode ficar doente. Distraia-a preparando pratos saudáveis, coloridos e apetitosos.