Gostava de saber mais sobre a história do Halloween? Festejado um pouco por todo o mundo e com expoente máximo nos Estados Unidos tem, surpreendentemente, origem na cultura europeia. Como surgiu esta tradição e que crenças estão na sua origem?
História do Halloween
A história do Halloween resulta do conjunto de influências pagãs, cristãs e populares. Com origem na tradição anglo-saxónica, o Halloween popularizou-se nos Estados Unidos da América (EUA) onde adquiriu novos contornos e ganhou grande relevância económica.
De onde vem o Halloween?
De culto dos mortos, o “dia das bruxas” transformou-se numa festa onde vestir fantasias “assustadoras”, decorar a casa com figuras bizarras, sair para festejar pela noite fora ou andar de porta em porta a pedir doces ganha cada vez mais adeptos.
Qual a origem do nome “Halloween”?
O nome “Halloween” deriva de “All Hallows Eve” com raízes na cultura anglo-saxónica. “Hallow” é um termo antigo para “Santo”, e “Eve” significa “véspera”, ou seja, véspera do “Dia de todos os Santos”.
Halloween: mistura de culturas e mitos ancestrais
No mundo das histórias de terror, a noite do Halloween não tem paralelo. Sendo a segunda comemoração mais popular nos EUA, a seguir ao Natal, conquista cada vez mais adeptos um pouco por toda a parte. Apesar de parecer uma festa tipicamente americana, a origem do “dia das bruxas” remonta à Europa antiga, ao tempo dos Celtas e druidas.
História do Halloween
Crê-se que a origem do Halloween reside num antigo festival pagão: o festival Celta de Samhain ou “fim do verão”. Com início a 30 de outubro, o festival prolongava-se por três dias para festejar o fim das colheitas, o Ano Novo Celta e o início do inverno, a estação da escuridão e do frio e, por isso, associada à morte.
Conta a lenda que na noite de 30 de outubro os mortos voltavam a povoar a terra como fantasmas. Os familiares dos mortos deixavam à porta de casa comida e bebida para receberem os espíritos. Quem se atrevia a sair de casa, cobria-se com peles para tentar passar desapercebido entre os espíritos que vagueavam à procura de um corpo para reencarnar.
Mais tarde, em meados do século VII, o papa Gregório III trocou o Stamhain pelo Dia de Todos os Santos. A anterior data de 13 de maio – data do festival Romano dos mortos – foi substituída pelo dia 1 de novembro.
Quando surgiu o Halloween tal como o conhecemos?
Em finais do século XIX, a grande fome na Irlanda motivou uma imigração em massa para os EUA. Estes irlandeses levaram consigo a sua cultura, espíritos e tradições.
À tradição anglo-saxónica juntaram-se os rituais norte-americanos da época das colheitas. A cidra de maçã, as rosquinhas (do inglês “doughnuts”), os espantalhos – usados para proteger as culturas de milho – ou as abóboras esculpidas com olhos e dentes fantasmagóricos, tornam-se símbolos do Halloween americano.
A partir de 1920, junta-se a esta comemoração uma outra tradição: a de pregar partidas e andar de porta em porta a pedir doces com a célebre frase “Trick-or-treating?” ou “Doces ou travessuras?”.
Orson Wells: a tradição de pregar partidas no Halloween
Mas os contributos para a festa do Halloween não termina aqui. A 30 de outubro de 1938, uma adaptação radiofónica da “Guerra dos Mundos” de H.G.Wells transmitida por Orson Wells, aterrorizou o mundo com a ameaça de uma invasão extraterrestre.
O pânico provocado pela emissão, considerada por muitos como sensacionalista, levou Orson Wells a afirmar que o episódio não passava de uma “partida” do Halloween e comparou o seu papel ao ato de se cobrir com um lençol para, ao imitar um fantasma, assustar as pessoas.
Halloween: a noite mais assustadora do ano
Se no passado as pessoas acreditavam que no Halloween, as almas dos mortos voltavam aos lugares onde tinham vivido, hoje esta é, sobretudo, uma noite de diversão.
A vertente comercial é evidente, com a venda de todo o tipo de adereços temáticos, doces e chocolates. E a popularidade do Halloween parece estar para ficar. Fantasias de bruxas, vampiros, perucas, monstros e fantasmas, lanternas de abóboras e doces à mistura, o “dia das bruxas” é o pretexto ideal para miúdos e graúdos brincarem e exorcizarem os demónios do dia-a-dia numa noite fantasmagórica!