Um animal na nossa vida, por onde começar?
Existem momentos em que desperta em nós uma determinação de partilha. A partir daquele momento existe um espaço afetivo que só pode ser preenchido por alguém muito especial. Alguém com quem partilharemos plenamente o que nós somos, que nos irá aceitar e amar incondicionalmente, sem nos julgar. Alguém que não é humano, mas que nos ajuda a crescer e a desenvolver a nossa Humanidade. Esse alguém é um animal.
Os animais há muito que entraram na vida da nossa espécie. Foram domesticados há cerca de 13000 anos, o que significou um passo importantíssimo para a nossa adaptação e sobrevivência. Esta vantagem adaptativa ultrapassou a sobrevivência imediata, tendo chegado nomeadamente às terapias médicas assistidas por animais com pessoas portadoras de deficiências, idosos, crianças e adolescentes. A base é a relação simbiótica entre o animal e o Homem. A influência positiva do animal desperta ternura e afeto, retribuindo-os, incutem confiança, não julgam e aceitam naturalmente.
Assim, reconhecemos a vários níveis a importância dos animais nas nossas vidas como fatores de proteção e de promoção do nosso desenvolvimento.
Se algum destes aspetos lhe é familiar, então venha connosco, pois queremos ajudá-lo a viver esta experiência única que é uma vida partilhada com um animal.
O primeiro ponto a considerar é: quero mesmo um animal?
Ou seja, por outras palavras, quero mesmo uma relação com alguém que irá depender totalmente de mim? Estarei disponível para as suas necessidades? Um animal necessita de cuidados diários que não consegue assegurar sozinho, é dependente de nós. Se temos razões que nos impeçam de assegurar estes cuidados, então não os devemos ter. Se não for o caso, então prosseguimos.
Segundo ponto a considerar: a espécie
Sim. Tradicionalmente quando pensamos em animais de companhia, ocorrem-nos os cães e os gatos, mas existem muitos outros a considerar, por exemplo: peixes, pássaros, coelhos, hamsters, chinchilas, e muitos outros. Cada espécie tem características diferentes que poderão ajustar-se melhor às nossas características.
Terceiro ponto a considerar: a raça
A raça de um animal é geralmente importante quando procuramos características específicas. Por exemplo, se tem limitações de espaço e procura um coelho que seja um exemplar adulto de pequena dimensão, então opte por um coelho de raça anã.
Quarto ponto a considerar: a idade
Algumas necessidades dos animais diferem com a idade. Por exemplo, um cão jovem necessita que o eduquem quanto ao local para urinar e defecar. Um cão adulto que tenha sido educado, já tem à partida esta necessidade de ensino resolvida.
Quinto e último ponto a considerar: a origem
Os animais têm geralmente duas origens: compra ou adoção, como por exemplo a adoção de animais que foram vítimas de abandono.
Esta ponderação tem por objetivo e deseja contribuir positivamente para “O seu poder de pensar e de decidir”.
E quando tiver com o seu animal de companhia, com o seu companheiro, lembre-se de quantas vezes no fundo do olhar de um animal descobrimos, reencontramos, resgatamos o nosso olhar.