Cada família tem o seu padrão de comunicação muito específico e cada criança o seu estilo comunicativo. Por isso, todas as estratégias são descobertas que se vão fazendo em conjunto com cada família, porque cada um encontra a sua forma para melhor ajudar o/a seu/sua filho/a a comunicar.
Estratégias apontadas pela Terapeuta da Fala Joana Rombert, no seu livro “O gato comeu-te a língua? – Estratégias, técnicas e conselhos para pais e educadores ajudarem as crianças no desenvolvimento da fala, da linguagem, da leitura e da escrita.”
- Use o maternalês, linguagem simples e fácil compreensão e pronunciada de forma correta e exagerada para captar a atenção do bebé. É uma linguagem mais expressiva, mais melodiosa, com maior entoação e diferenças de intensidade.
- Passe tempo com o bebé, faça-lhe companhia.
- Observe, escute e olhe para o bebé: “O que será que ele quer?”
- Responda à comunicação do bebé, estando com atenção às suas necessidades. Por exemplo, quando ele chora fale com ele de forma carinhosa ou mostre-lhe a cara e diga-lhe: “Estou aqui! O que precisas?”
- Aproveite todos os momentos em que o bebé está preparado para conversar ou brincar e não insista quando não está disponível.
- Capte a sua atenção, olhando olhos nos olhos, usando gestos, expressões faciais para cada momento, como abrir bem os olhos quando nos admiramos, abrir bem a boca quando nos espantamos ou sorrir quando estamos felizes.
- Entre na conversa do bebé: palre quando ele palra, ria quando ele ri, fale alto ou baixo quando o faz e incentive-o a continuar.
- Faça caretas, barulhos ou sons engraçados permitindo que o bebé imite, se divirta e deseje continuar naquela brincadeira.
- Comunicar é uma troca: “agora és tu e agora sou eu”. Espere que o bebé comece, que volte a falar consigo, não interrompa quando ele fala.
- Aproveite as rotinas do dia-a-dia, como tomar banho, mudar a fralda, comer, vestir, para dar nome aos objetos que as rodeiam.
- Fale com o bebé como se entendesse a sua conversa.
- O bebé deve conversar com as diferentes pessoas da família, desde os mais novos aos mais velhos, uma vez que cada um tem o seu estilo de comunicação própria e ajuda a procurar o seu.