A pressão social sentida pelos pais é, atualmente, o maior desafio à parentalidade, revela estudo inédito da Nestlé.
Conhecido como “Índice de Parentalidade” (ou “Parenting Index”), o estudo realizado pela Kantar, a pedido da Nestlé, como parte do seu compromisso contínuo de apoiar as famílias nos primeiros mil dias de vida dos bebés.
O “Índice de Parentalidade” tem como objetivo medir os níveis de dificuldade percecionados por pais e mães sobre a parentalidade, de país para país, pelo mundo fora. O estudo não pretende, pois, comparar se a parentalidade é mais fácil ou mais difícil consoante o país.
Trata-se, sim, de aferir a forma como os pais e as mães se sentem em diferentes países, os desafios que enfrentam na evolução da sua parentalidade e os pontos onde revelam necessitar de maior apoio.
Assim, foram recolhidas opiniões de mais de 8.000 pais e mães de pelo menos um bebé dos 0 aos 12 meses de idade. Os participantes eram oriundos de 16 países espalhados por quatro continentes.
A amostra recolhida em cada país era representativa de famílias de todas as dimensões, origens culturais e socioeconómicas.
Pressão social de “opinantes profissionais” é o maior desafio
O Índice da Parentalidade classifica os diversos países de acordo com a forma como os pais percecionam a “facilidade em criar os seus filhos” no seu país. O peso dos fatores parentais difere consoante o país e não existe um lugar perfeito para se ser pai ou mãe.
Os resultados que colocam a Suécia como o país com o ambiente mais propício a uma parentalidade mais fácil, apurou que a pressão, tanto interna como externa, é o maior desafio enfrentado pelos pais e mães da atualidade. Globalmente, 60% dos pais sofrem pressão de outras pessoas sobre a forma como criam os seus filhos.
Os conselhos não solicitados de quem os pais intitulam de “opinantes profissionais” foram assim um dos tipos de pressão referidos. Outros tipos de pressão passaram por vergonha sentida pelos pais e o papel das redes sociais. Muitos pais mencionaram sentir solidão num mundo que é atualmente hiper-conectado. Questionar as próprias capacidades parentais e o sentimento de falta de preparação para novas realidades foram outros tipos de pressão sentida pelos pais.
Numa nota mais positiva, os pais revelaram que um maior apoio mútuo durante a pandemia de COVID-19 atuou como um equalizador para a pressão social sentida.
Os 11 fatores do Índice de Parentalidade são:
- Pressão social (contribui com 22.6% para o ranking do Índex)
- Resiliência Financeira (16.7%)
- Apoio à vida profissional (15.6%)
- “Bebé fácil” (10.1%)
- Recursos de saúde e bem-estar (9.0%)
- Ambiente de apoio (8.0%)
- Parentalidade partilhada (5.8%)
- Confiança parental (2.7%)
- Duração de baixa de maternidade (3.5%)
- PIB per capita (3.1%)
- “Reverse Gini” (medida de dispersão estatística destinada a representar o rendimento ou a distribuição de riqueza da população de uma nação) (2.8%)
31% dos pais não se sentia preparado para a parentalidade
Este estudo revelou também outros resultados interessantes. Vejamos alguns:
- A Suécia é o país onde os pais enfrentam menos desafios no exercício de parentalidade, com uma pontuação geral de 75/100. O Chile (58/100) e a Alemanha (56/100) ocupam o segundo e terceiro lugar.
- Nos últimos lugares da lista, situam-se a China (39/100), seguida do Brasil (40/100) e das Filipinas (43/100), onde os pais dizem sentir mais desafios a educar os filhos. Estes resultados não significam, contudo, que o ambiente para os pais nesses países seja mais difícil que nos outros. Por exemplo, os pais na China revelam um dos maiores índices de satisfação com a partilha das tarefas de educação.
- 62% concordam que os pais de hoje são mais ativos e mais envolvidos a cuidar das crianças do que as gerações anteriores. No entanto, apenas 49% revelam existir uma partilha entre parceiros nos cuidados com os filhos.
- 25% das entrevistadas relataram sentir depressão pós-parto, embora as respostas variem de acordo com o país.
- 31% diz que se sentiu preparado para todas as realidades de se tornar um pai ou mãe.
- Os recursos preferidos dos pais para aconselhamento de saúde e bem-estar são, em primeiro lugar, os profissionais de saúde (66%), as suas mães, a sua sogra e outros membros da família (62%) e os seus parceiros (44%).
- 73% dizem que tiveram acesso às informações de que precisavam para fazer as escolhas certas sobre o desenvolvimento e o bem-estar dos seus filhos.
Para aceder aos resultados completos do estudo da Nestlé a ao Índice da Parentalidade 2020, clique aqui.
Fundada na Suíça, há mais de 150 anos, e Nestlé é a maior companhia mundial de alimentação e bebidas. Está presente em 189 países em todo o mundo e os seus 323.000 colaboradores estão comprometidos com o seu propósito de “Melhorar a qualidade de vida e contribuir para um futuro mais saudável”.