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Em que é que consiste a terapia da fala? Quais são as suas áreas de intervenção? Em que circunstâncias se justifica a intervenção de outras especialidades médicas?
A terapia da fala é muito mais do que a fala! Segundo a International Association of Logopedics and Phoniatrics (2010), o terapeuta da fala é o profissional responsável pela prevenção, avaliação, intervenção e estudo científico das perturbações da comunicação humana, assim como da deglutição.
Neste âmbito, a comunicação humana engloba todos os processos e funções associadas com a produção de fala, a compreensão e expressão da linguagem oral e escrita, bem como com formas de comunicação não-verbal.
O terapeuta da fala atua num grande leque de áreas de intervenção:
- Fala (articulação, fluência, ressonância, voz e respiração);
- Linguagem (abrange a compreensão e expressão da linguagem oral, escrita, gráfica e gestual, bem como os seus componentes – semântica, morfologia, sintaxe, fonologia e pragmática);
- Comunicação verbal e não-verbal;
- Consciência fonológica (inclui as competências de pré-literacia);
- Deglutição e alimentação;
- Motricidade e
- Sensibilidade orofacial.
Grande parte das dificuldades que requerem a atuação de um terapeuta da fala tem por base patologias que implicam a intervenção de outros profissionais de saúde e de educação.
Como tal, é imprescindível a articulação com outras áreas de intervenção, no sentido de serem dadas respostas mais amplas e dirigidas às dificuldades do indivíduo.
No caso de algumas perturbações, como por exemplo, paralisia cerebral, síndromes genéticas, perturbações do espetro do autismo ou patologias da voz, o terapeuta da fala trabalha em equipas, que podem integrar uma vasta rede de profissionais, tais como médicos pediatras, pedopsiquiatras, pediatras do desenvolvimento, otorrinolaringologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos.
