Abraçar alguém é um sinal de afeto mas, segundo um estudo divulgado por uma equipa de investigadores norte-americana, também é uma forma de prevenir doenças relacionadas com a ansiedade e stress e diminuir a suscetibilidade de contrair infeções. Este estudo foi publicado na Association for Psychological Science.
Abraçar o seu filho protege-o contra a ansiedade, infeções e previne doenças
Uma equipa de pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon (EUA), liderada pelo professor de psicologia da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Sheldon Cohen, testou se os abraços funcionam como uma forma de “apoio social” e se a frequência com que se é abraçado seria capaz de proteger as pessoas de infeções associadas ao stresse, resultando em sintomas mais leves de doenças.
Outras pesquisas já demostraram anteriormente que o stresse e os estados de ansiedade tornam as pessoas mais suscetíveis à doença devido à depressão do sistema imunitário (capacidade que o corpo tem para resistir a factores patogénicos).
“Sabemos que as pessoas que enfrentam algum conflito são menos capazes de lidar com os efeitos da gripe“, afirma o investigador nas conclusões do estudo. “Também sabemos que as pessoas que reconhecem ter apoio social são parcialmente protegidas contra os efeitos do stresse, estados de ansiedade e depressão“.
O estudo
Os pesquisadores analisaram 404 adultos saudáveis e, através de entrevistas telefónicas realizadas em 14 noites consecutivas, verificaram a frequência de conflitos interpessoais e abraços diários.
Após os questionários, os entrevistados foram expostos intencionalmente ao vírus da gripe. Foram colocados em quarentena e monitorizados para observação dos que desenvolviam sinais da doença.
Um terço das pessoas pesquisadas não desenvolveu sintomas da gripe — exatamente aqueles que receberam mais abraços e apoio de pessoas de confiança. Quem foi infetado, mas que tinha uma frequência maior de abraços, apresentou sintomas moderados da doença.
Conclusão: os abraços nunca são demais
Para Sheldon Cohen, o estudo sugere que ser abraçado por uma pessoa de confiança pode atuar como um meio eficaz de transmitir apoio e que “o aumento da frequência de abraços pode ser um meio eficaz de reduzir os efeitos nocivos do stresse.
“As pessoas que são mais abraçadas estão, de alguma forma, mais protegidas contra infeções“, afirma.
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