Como manter uma boa relação com os filhos?
1. Deve falar-se com o filho, ouvi-lo e ensiná-lo a ouvir, interagir com ele, criar uma atmosfera a favor da relação.
2. É positivo dizer-lhes que gostamos deles, dar-lhes beijos (mesmo que não gostem), abraça-los… Não podemos deixar que se rompam os laços de afetividade, o vínculo e mostrar-lhes como se expressam os sentimentos. E também deixar que nos amem.
3. Compreender como se sentem e aceitar as suas emoções, mesmo que não as partilhemos. Ver o que querem comunicar realmente, não a forma ou o dado pontual, atendendo aos seus gestos, ao seu tom de voz.
4. Ensinar-lhes a assumir compromissos, a aceitar as consequências das suas decisões e dos seus atos.
5. Corrigi-los e ser críticos, mas também valorizá-los e elogiá-los.
6. Aconselhar com o exemplo, manter as decisões que tomamos, saber retificar e pedir perdão quando nos enganamos, diferenciar o que é importante, expressar-nos sem agressividade perante os desgostos, os aborrecimentos, mostrar a nossa paciência.
7. Deve considerar a casa como positivo, um lugar onde se vive e ao qual se regressa com gosto pelo bom tom reinante, onde se é parte de uma família que os aceita e os valoriza.
8. As normas de convivência têm de ser claramente estabelecidas e ir-se-ão adaptando à idade dos filhos e à assunção de responsabilidade por parte destes.
9 Por volta dos 14 anos, e de maneira progressiva, há que outorgar uma maior liberdade aos adolescentes, mas sem esquecer a supervisão (distância adequada).
10 Devem ser estabelecidas algumas atividades comuns entre pais e filhos, que vão desde a prática desportiva até às compras no mercado. Em tempos e atividades comuns conformarão um lar pleno, um verdadeiro respeito mútuo.
Fonte: Educar com bom senso, de Javier Urra, edição maio de 2010, A esfera dos livros
Javier Urra, psicólogo clínico e pedagogo terapeuta, trabalhou durante três anos com jovens conflituosos no Centro Nacional de Reeducação de Cuenca. Desde então desenvolve o seu trabalho como psicólogo forense do Tribunal Superior de Justiça e do Tribunal de Menores de Madrid. Professor de Psicologia na Universidade Complutense de Madrid e vice-presidente da Associação Ibero-Americana de Psicologia Jurídica e assessor e patrono da UNICEF.