Como é uma criança dos 4 aos 6 anos
A família fortalece a sobrevivência, o crescimento, a proteção e a participação da criança em todas as valências da vida. A criança aprende observando e participando nas atividades dos adultos e das crianças mais velhas. Aprende por imitação, até conseguir fazer as coisas sozinha.
Contudo, envolver a criança nas atividades da família é muito mais do que mera aprendizagem ou aquisição de competências. Também é uma forma de promover o desenvolvimento da sua autoestima e autoconhecimento, de a ajudar a encontrar o seu espaço na família e a encontrar o seu porto seguro. A criança precisa de se sentir parte integrante, de participar ativamente na vida da família, de ser ouvida e de ver a sua opinião considerada e respeitada.
Desde cedo, a criança é influenciada pelo que as outras pessoas pensam dela. Por isso, é muito importante que os pais/educadores ensinem a criança a desenvolver a sua autoestima. Assim, será mais confiante, terá melhor rendimento escolar, será capaz de lidar com os desafios e de ultrapassar as dificuldades que encontrar ao longo da vida.
Com 4-6 anos, a criança aprecia ser envolvida nas atividades familiares e gosta quando os adultos a convidam para realizar pequenas tarefas (pôr os talheres na mesa, regar as plantas, dar de comer ao gato, ajudar com um irmão, etc.). A família deve encorajar precocemente esta colaboração e valorizar o que a criança faz, mesmo que o resultado não seja satisfatório.
A família é uma referência. A criança aprende com a família a conhecer, valorizar e respeitar os hábitos, cultura e a forma de ser de outras pessoas. A família que reconhece e respeita as diferenças cria os seus filhos sem preconceitos, com liberdade e respeito pela diferença.
Nesta idade, é importante ensinar à criança o seu próprio nome e sobrenome, o nome completo dos pais, endereço e contacto telefónico. Assim, se se perder, o susto é menor e poderá pedir ajuda informando corretamente onde mora e como contactar os pais.
Como é a criança dos 4 aos 6 anos?
- A criança comunica usando frases completas para dizer o que deseja e sente, dar opiniões e escolher o que quer.
- A criança é muito criativa, gosta de inventar histórias. Brincar ao faz-de-conta ajuda-a a desenvolver o pensamento, que agora se apoia nas ideias e palavras. A criança já é capaz de imaginar para além do que vê. A família deve incentivar e convidar a criança a contar as suas próprias histórias.
- A criança possui maior domínio sobre as suas ações e movimentos, permanece mais tempo a brincar em atividades que exigem atenção (jogos de encaixe de pequenas peças, recortes, colagens, desenho, etc.).
- A criança já consegue segurar no lápis e faz rabiscos e desenha formas que se parecem com o sol, bonecos, animais, casas, etc.. Através do desenho, a criança expressa o que vê e o que sente. Desenhar é um excelente exercício para afinar a motricidade fina e para a aprendizagem de competências futuras como a leitura e a escrita.
- O pensamento e a linguagem da criança tornam-se mais complexos. A criança expressa-se com mais clareza.
- A habilidade para ouvir e a capacidade de atenção aumentam.
Pontos a ter em atenção:
- Ouve com atenção o seu filho e responde-lhe?
- Faz perguntas que promovam a curiosidade do seu filho?
- Conseguem definir limites, com firmeza e sem violência?
- O seu filho tem liberdade para brincar e se movimentar?
- A opinião do seu filho é tida em consideração?
Como estimular o desenvolvimento da criança dos 4 aos 6 anos?
- Brinquem muito e façam atividades em conjunto.
- Leiam e inventem histórias, dramatizem e convide o seu filho a participar.
- Cantem.
- Desenhem.
Brincar ao faz-de-conta ajuda a desenvolver o pensamento da criança. Quando a criança inventa histórias, não está a mentir, está a brincar ao faz-de-conta.
Entre os 4 e os 6 anos de idade, a criança gosta de:
- Falar e conversar.
- Brincar ao faz-de-conta, inventar.
- Ouvir histórias com novas situações e personagens.
- Desenhar.
- Agradar e brincar com o adulto e de se sentir amada, reconhecida e apreciada por ele.
- Mostrar que já tem opinião e vontade próprias.
- Mostrar que é capaz de fazer escolhas e que gosta de ser incluída nas decisões que lhe dizem diretamente respeito.
- Dizer o que quer e o que não quer fazer.