Hoje em dia, muitas mulheres são confrontadas com um grande dilema: carreira, família ou ambos?
“A vida familiar pode começar aos 40-50 anos?” “E se decidir apostar tudo na carreira e adiar o projeto da família, ainda vou a tempo de ter filhos saudáveis?” “Serei uma boa mãe quando passar a barreira dos 40 anos?” “Terei paciência e energia para cuidar de uma criança pequena?”
Uma pesquisa levada a cabo pela Universidade da Califórnia sugere que as mulheres com 50 anos ou mais, são igualmente capazes, física e mentalmente, de serem boas mães.
Apesar de os filhos nascerem cada vez mais tarde e a idade materna não determinar a capacidade da mulher em ser melhor ou pior mãe, a gravidez tardia envolve riscos acrescidos para a saúde materno-infantil. Geralmente, considera-se uma gravidez de alto risco quando a mulher engravida após os 35 anos.
Os recentes avanços na medicina reprodutiva, são a resposta que muitos casais procuram para ter filhos mais tarde, quando consideram que estão reunidas as condições ótimas para formar família ou porque não tiveram oportunidade de o fazer mais cedo.
Na sequência deste estudo, os especialistas afirmaram que, face à realidade familiar atual, à evolução da medicina e à alteração dos valores sociais, a mensagem mais importante deste estudo é compreender que as mães são capazes de cuidar dos seus filhos, independentemente da sua idade.
Outros fatores, como as condições económicas ou o meio social onde a mulher está inserida, acabam por ter maior impacto na capacidade de cuidar do que propriamente a idade dos pais.
Para além da necessidade de sensibilizar a sociedade para esta questão, acompanhar esta tendência também permite perceber e estudar os riscos associados a uma gravidez tardia e o desenvolvimento de novas técnicas e abordagens que protejam a saúde da mãe e a do seu bebé.
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