Parentalidade positiva: que ganho para a criança?
Todos os progenitores desejam ser boas mães ou bons pais para os seus filhos. No entanto, a parentalidade, para além de uma feliz e gratificante experiência pode ser igualmente uma tarefa muito exigente.
A maioria dos progenitores deparam-se com situações em que a ajuda teria sido bem-vinda, não apenas no sentido de superar o stress e o controlo da raiva, mas também na tomada diária de decisões. Outros progenitores necessitam de cuidados específicos uma vez que estão a criar os seus filhos/as em circunstâncias sociais, económicas e pessoais difíceis.
Educar os filhos e criar as condições necessárias para que eles desenvolvam o seu potencial ao máximo é uma responsabilidade desafiante.
O conceito de parentalidade positiva baseia-se no princípio de que os progenitores devem proporcionar às suas crianças:
- Sustento: respondendo às necessidades de amor, carinho e segurança.
- Estrutura e orientação: proporcionando à criança uma sensação de segurança, uma rotina previsível e limites necessários.
- Reconhecimento: ouvindo a criança e valorizando-a como um individuo de pleno direito.
- Empoderamento/autonomia: melhorando a noção de competência e de controlo pessoal da criança.
- Educação não-violenta: excluindo todos os castigos corporais e psicológicos humilhantes. O castigo corporal é uma violação aos direitos da criança no que diz respeito à integridade física e dignidade humana.
Os direitos das crianças fazem as famílias crescer.
Em suma, as crianças fazem melhor quando os seus progenitores:
- São calorosos e protetores.
- Passam tempo de qualidade com eles (parentalidade positiva também significa equilíbrio entre a vida familiar e a vida profissional).
- Tentam compreender as suas experiências de vida e comportamento.
- Explicam as regras que eles devem respeitar.
- Elogiam o bom comportamento.
- Reagem ao mau comportamento com uma explicação e, se necessário, com um castigo não-violento (como por exemplo, intervalo na brincadeira, reparar os danos, menos mesada, entre outros) em alternativa a uma punição severa.
As crianças precisam de orientação para desenvolver o seu potencial ao máximo.
Bibliografia consultada: Folheto “Política de Apoio à Parentalidade Positiva”, Conselho da Europa. Recomendação do Conselho da Europa (2006). 20 de dezembro de 2014.