A teoria do apego (attachment parenting) é uma teoria proposta pelo pedopsiquiatra Jonh Bowly, que defende que todas as crianças (à exceção de casos patológicos) estabelecem um apego que pode ser seguro ou inseguro.
Teoria do apego
O apego seguro depende da atenção que é dedicada ao bebé/criança mais propriamente, na rapidez e na eficácia com que o cuidador atende as suas necessidades, aceitando os sentimentos do bebé/criança e dando-lhe consolo e segurança.
Esta teoria defende que não é simplesmente por se dar colo ao bebé ou à criança que se transmite afeto e segurança. Estes sentimentos são transmitidos quando os pais aceitam as necessidades do bebé / criança e se comportam serenamente, respeitando as necessidades, receios e inseguranças dos filhos.
É possível dar colo mas ignorar completamente a criança e rejeitá-la emocionalmente. Quando o bebé / criança chora é porque precisa de alguma coisa, está assustada ou sente algum desconforto.
Chorar é a forma de que dispõe para comunicar uma determinada necessidade ao seu cuidador. Se este não valoriza o episódio, não a conforta, não tenta compreender o que se passa e o que motiva o choro, não está verdadeiramente a dar-lhe atenção.
A criança que sabe, pela vivência diária, que os pais a aceitam tal como ela é a consolam quando chorar ou tiver alguma dificuldade, desenvolve um apego seguro.
Segundo a teoria do apego, a qualidade da primeira relação (por norma estabelecida com a mãe) é determinante para a qualidade das restantes relações ao longo da vida. Quando a mãe está presente, o bebé sente-se seguro para se aventurar à descoberta do mundo porque sabe que ela estará sempre presente.
Já o bebé habitualmente rejeitado deixa de pedir seja o que for para não se sentir ignorado novamente. Desenvolve assim um apego evasivo ou esquivo. Parece não solicitar a presença dos pais, não chora quando a mãe se ausenta, não a procura.
Quando a resposta dos pais é inconsistente, quando ora recebem o filho com carinho ou o ignoram e rejeitam, a criança pode passar a pedir atenção constante. Assim garante que, pelo menos em determinados momentos, irá conseguir obter o que pretende.
Neste caso, a criança desenvolve um apego resistente ou ambivalente. Exige a presença constante da mãe e sofre bastante quando se separa dela. Precisa de muito tempo para se acalmar depois da separação.
Nas situações em que a criança é vítima de maus tratos ou de abusos, desenvolve um apego desordenado. A criança não consegue estabelecer uma estratégia de aproximação aos pais para contornar a falta de apoio e atenção que lhe são dedicados.