Em Portugal, o uso de trela para controlar os passos da criança não é comum e é mesmo olhado com algum preconceito.
Nos países do norte da Europa e nos Estados Unidos, usar uma trela para proteger e manter a criança perto dos pais é muito mais comum e aceite, apesar de controverso.
Os pais a favor, sentem-se mais seguros quando sabem que têm um utensílio útil que os ajuda a manter as crianças controladas e que assim não desaparecem ou disparam a correr quando estão num local público ou movimentado, como na rua ou num shopping.
Defendem que, mais do que os olhares de reprovação se preocupam com a segurança dos seus filhos.
Este são mesmo alguns dos principais argumentos que levam os pais a optar pelas trelas. Haverá angústia maior do que olhar para o lado e não ver o filho? O que fazer? Onde procurar? Será que alguém o levou ou está escondido? Estas e outras questões levam muitos pais a optar por esta solução apenas por uma questão de salvaguardar a segurança da própria criança.
Outros pais consideram que se é necessário usar uma trela na criança é porque os pais são desleixados, não querem estar atentos à criança e não sabem educar os filhos.
Se forem devidamente ensinados a andar de mãos dadas em locais públicos, a não atravessar a rua a correr e a não se afastarem dos pais, não é necessário o uso de trela.
Para estes pais, colocar uma trela numa criança é uma crueldade, uma humilhação e uma forma de os pais se desresponsabilizarem do seu papel de educadores e de responsáveis pela formação cívica da criança.
Argumentos a favor
- Dá maior liberdade à criança quando começa a andar que, em vez de ser transportada no carrinho, consegue andar com apoio;
- A criança consegue explorar com segurança os espaços;
- Os pais não passam pela angústia de o filho correr e desaparecer da sua vista, especialmente em locais públicos e confusos;
- No caso de um ou mais filhos, torna-se mais prático controlar os seus passos e mantê-los por perto;
- A criança anda mais segura.
Independentemente das convições de cada um, a conclusão é a de que todos concordamos que queremos as nossas crianças seguras independentemente dos métodos utilizados.