A criação de laços emocionais do bebé com as figuras de referência é de grande importância para o seu crescimento de uma maneira saudável.
A vinculação proporciona um apoio importante e muitas vezes necessário à criança durante o seu desenvolvimento.
Até há bem pouco tempo, a vinculação era vista apenas (ou em grande parte) em relação à figura materna, uma vez que era esta a principal “cuidadora” da criança, fornecendo o carinho e afecto a uma vinculação saudável.
O pai foi sempre de certa maneira alienado destes estudos, assumindo um papel pouco preponderante nos laços emocionais com a criança.
Para o pai, muitas das vezes a “coisa” também não era fácil, uma vez que cabendo à mãe a gestação, a criação de todas a ligações emocionais que o processo envolve a torna aprioi mais próxima e preparada.
Muitos pais inclusivamente revelam um sentimento de culpa durante a gravidez exatamente por não estarem a sentir tantas emoções como seria suposto.
Se é o seu caso, não se preocupe.
A relação com o bebé desenvolve-se em muito pelo contacto físico, por isso é expectável que as emoções disparem a partir do momento em que o pequeno rebento lhe cai nos braços pela primeira vez. Muitos pais afirmam exatamente isto, aliás.
Cada vez mais estudos têm surgido sobre a vinculação do pai com o bebé e nos benefícios que esta ligação emocional tem no desenvolvimento da criança.
Se por um lado a mãe está física e mentalmente associada à criança, uma vez que carregou o bebé no ventre, o pai dispõe apenas do imaginário para desenvolver as suas expectativas e o vínculo com o progenitor.
No entanto e, como se costuma dizer, “a imaginação é muito fértil” e, de facto, a ligação emocional de um pai pode ser tão forte (ou mais) do que de uma mãe.
Apesar da gravidez ser muito importante para o desenvolvimento do bebé e da ligação ser criada muito antes do seu nascimento, à medida que a criança cresce e interage com o mundo em redor, mais figuras de referência surgem para a abraçar e guiar.
Não deixa de ser um pouco redutor falarmos da vinculação, relacionando-a apenas com o pai e a mãe. Se assim o fosse, órfãos por exemplo não se teriam integrado na sociedade, ou tido vidas cheias de sucessos e felicidade, como muitas vezes é o caso.
O pai assume uma figura de destaque no desenvolvimento do filho. Cabe-lhe a si construir uma relação forte com ele, para que se possa sentir protegido, cuidado e que quando crescer tenha boas memórias do pai que o criou.