Os Três Porquinhos, quem não conhece esta história ? Estima-se que a primeira versão deste conto tenha surgido cerca do ano 1000 da nossa era. Não se sabe a autoria do conto; apenas que é de tradição anglo-saxónica. Em 1383, foi feita uma adaptação de Os Três Porquinhos para teatro. Em 1890, o conto foi popularizado, depois de ter sido reescrito por Joseph Jacobs.
O conto Os Três Porquinhos mostra que o trabalho, esforço e inteligência são recompensados. A criança fica a perceber que a vida não é apenas brincadeira pois surgem dificuldades que têm de ser ultrapassadas. Crescer implica também enfrentar e ultrapassar obstáculos. Para isso é preciso identificar e saber conseguir soluções eficazes.
Enquanto os seus dois irmãos brincavam, o terceiro porquinho trabalhou arduamente para construir uma casa segura. Adicionalmente, este porquinho estava ainda preparado para ajudar os irmãos, o que efetivamente aconteceu quando aqueles ficaram em perigo.
Era uma vez três porquinhos…
Era uma vez três irmãos porquinhos que viviam com a mãe, muito felizes. Dois porquinhos eram preguiçosos e não ajudavam nada em casa, enquanto o terceiro porquinho era trabalhador.
Um belo dia, a mãe, achando que os filhos já tinham maturidade, chamou-os e disse:
– Meus meninos, chegou a altura de saírem de casa pois já são grandes o suficiente para viverem sozinhos. Tenham juízo e muito cuidado com o Lobo Mau.
Dito isto, a mãe deu um farnel a cada um dos três porquinhos, assim como algumas economias para que comprassem material para construírem as suas casas.
E lá partiram os três porquinhos.
Uma casa em palha, outra em madeira e outra em tijolos
O primeiro porquinho, que era preguiçoso, decidiu construir uma casa que não desse trabalho nenhum. Apesar dos irmãos o avisarem que não era seguro, construiu uma casa de palha num só dia! Após terminar a sua casa de palha, foi tocar flauta e dançar.
O segundo porquinho, que era menos preguiçoso que o primeiro, resolveu construir a sua casa em madeira. Apesar de ser mais segura do que a casa de palha, uma casa de madeira não era, contudo, resistente o suficiente para impedir a entrada do Lobo Mau, advertiu o terceiro porquinho. No entanto, o nosso porquinho ignorou o conselho do irmão. E assim, em apenas depois dias construiu a sua casa de madeira!
Dito isto, pegou no violino e foi tocar e dançar juntamente com o primeiro irmão.
Por sua vez, o terceiro porquinho, que como vimos era trabalhador e precavido, decidiu construir a sua casa com tijolos.
– Os tijolos são um material muito resistente. Assim, o Lobo Mau não conseguirá destruir a minha casa – disse para si.
Dito isto, pôs-se, pacientemente, a trabalhar. A construção foi dura e avançou lentamente. Enquanto isso, os seus dois irmãos tocavam e dançavam. Finalmente, após algumas semanas terminou a construção de uma sólida casa em tijolos-
O Lobo Mau ataca
Passado algum tempo, surgiu na floresta o Lobo Mau. Percebendo a presença dos porquinhos, pensou para si mesmo:
– Mas que bela refeição tenho à minha espera: três porquinhos bem gordinhos!
Dito isto, foi bater à casa de palha, que era a do primeiro porquinho. Vendo que era o Lobo Mau, o porquinho respondeu:
– Vai-te embora porque não te irei abrir a porta, Lobo Mau!
O Lobo Mau respondeu:
– Então vou soprar e soprar até levar esta casa pelo ar!
Dito isto, o lobo pôs-se a soprar e a casa de palha foi toda pelo ar. O primeiro porquinho, em pânico, conseguiu refugiar-se na casa de madeira que pertencia ao segundo irmão. O Lobo Mau dirigiu-se então para a casa de madeira, bateu à porta e pediu para entrar. Disseram então os dois porquinhos:
– Vai-te embora pois nunca te iremos abrir a porta, ó Lobo Mau!
O Lobo Mau respondeu:
– Então vou soprar e soprar até levar esta casa pelo ar!
E mais uma vez, o lobo pôs-se a soprar e a soprar e a casa de madeira acabou por ir toda pelo ar. O primeiro e o segundo porquinho, em pânico, fugiram e refugiaram-se na casa de tijolos que pertencia ao terceiro irmão.
Os três porquinhos ficam são e salvos na casa de tijolos
Então, o Lobo Mau dirigiu-se para a casa de tijolos, e tal como das outras vezes, bateu à porta e pediu para entrar. Responderam então os três porquinhos:
– Vai-te embora já que não te vamos abrir a porta, Lobo Mau!
O Lobo Mau riu-se e respondeu:
– Então vou soprar e soprar até levar esta casa pelo ar!
E dito isto, confiante, começou a soprar e a soprar, e a soprar…a soprar…até que ficou sem ar. A casa, aquela, não se tinha mexido nem sequer um polegar!
O Lobo Mau subiu, então, ao telhado e tentou entrar na casa pela chaminé. No entanto, como o terceiro porquinho era muito precavido, tinha deixado um caldeirão de água a ferver debaixo da chaminé. Mal desceu pela chaminé abaixo, o lobo caiu no caldeirão e apanhou um enorme escaldão.
Depois fugiu e nunca, mas nunca mais voltou. Os três porquinhos ficaram a viver na casa de tijolos em segurança e muito felizes.