Esquema recomendado PNV 2017. Fonte: Serviço Nacional de Saúde
O novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), que entra em vigor a 1 de janeiro de 2017 traz algumas novidades: a vacina contra a Meningite B passa a ser gratuita para crianças com défice de imunidade; as grávidas vacinadas contra a tosse convulsa para proteção do bebé e as vacinas a administrar aos 2 e aos 6 meses passam a ser dadas em simultâneo, entre outras.
Vacina contra a Meningite B gratuita para crianças com défice de imunidade
A vacina contra a Meningite B passará a ser administrada gratuitamente a crianças que, por razões clínicas, têm défices de imunidade com o objetivo de proteger as crianças muito doentes e que, por isso, apresentam maior risco de ter uma meningite mais complicada que uma criança sem complicações clínicas. A vacina será administrada nos serviços de pediatria ou nos postos de vacinação mediante prescrição médica.
Esta vacina, cujo número de doses necessárias, três ou quatro, depende da idade da criança, passará a ser gratuita para este grupo de crianças.
Grávidas vacinadas contra a tosse convulsa para proteção do bebé
As grávidas passam a poder ser vacinadas contra a tosse convulsa para proteção do seu filho até aos 2 meses de idade, altura em que este recebe a vacina. Através da vacinação da mãe, os anticorpos contra a tosse convulsa chegam ao bebé ainda durante a gestação, protegendo-o até à idade da vacinação contra a tosse convulsa.
A vacinação da mãe deverá ocorrer por volta da 20ª semana de gestação e, a partir de janeiro de 2017, o seu custo passa a ser suportado pelo Estado, o que não acontece atualmente.
Até janeiro de 2017, a grávida poderá vacinar-se com o mesmo objetivo, embora pagando o valor da vacina.
Vacinas a administrar aos 2 e aos 6 meses passam a ser dadas em simultâneo
Outra novidade consiste na junção de vacinas do programa a administrar aos 2 e 6 meses de idade. As crianças passam a receber uma vacina hexavalente, na qual constam a proteção contra a hepatite B, a “Haemophilus influenzae” tipo B (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e a poliomielite.
Vacina contra o cancro do colo do útero mais eficaz e mais cedo
A vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (VPV) – contra o cancro do colo do útero – será mais abrangente e eficaz e administrada mais cedo, aos 10 anos de idade (anteriormente era recomendada para entre os 10 e os 13 anos).
A nova vacina tem uma eficácia superior a 90% contra o cancro do colo do útero, contra os cerca de 75% da vacina usada anteriormente. Assim, esta vacina passa a ser administrada em simultâneo com o reforço do tétano e da difteria.
Vacina do tétano com intervalos maiores
A administração da vacina contra o tétano também vai sofrer alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomada aos 10, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos.
Vacina contra a tuberculose – BCG – deixa de ser universal
O novo Programa Nacional de Vacinação prevê também o fim da vacinação universal com a BCG contra a tuberculose, sendo que apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região, com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto).
Para além das vacinas do Programa Nacional de Vacinação, a criança poderá receber outras vacinas, cujo custo financeiro é suportado pelos pais, e que são prescritas pelo pediatra.
Para informação adicional consulte o site do Serviço Nacional de Saúde.
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é um programa universal, gratuito e acessível a todas as pessoas presentes em Portugal que é gerido, a nível nacional, pela Direcção-Geral da Saúde.
Todas as vacinas incluídas no PNV estão licenciadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e/ou pelo INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P.) e são seguras e eficazes.
As vacinas incluídas no PNV são adquiridas pelas Administrações Regionais de Saúde e distribuídas aos centros de saúde sempre respeitando a rede de frio essencial à sua conservação. Estas vacinas são administradas pelos enfermeiros das unidades de saúde, sem necessidade de receita médica.