As doenças alérgicas nas crianças
De acordo com a PDS -Plataforma Dados Saúde, no CPARA – Catálogo Português de Alergias e Reações Adversas, as doenças alérgicas afetam cronicamente uma grande percentagem da população portuguesa:
- Mais de 20% tem rinite.
- Mais de 10% tem asma.
- Mais de 10% tem eczema atópico.
- Mais de 20% teve um episódio de urticaria.
- Mais de 5% tem alergia alimentar.
- Até 10% tem alergia a medicamentos.
- Até 5% estão sensibilizados a venenos de insectos (vespas ou abelhas).
- A anafilaxia ocorre regularmente, quer na comunidade, quer nos serviços de saúde.
- A patologia alérgica ocupacional é frequente.
Ainda segundo esta fonte, estima-se que mais de 2 milhões de portugueses apresentem alguma forma de doença alérgica, variando de formas agudas a crónicas e de quadros clínicos ligeiros a muito graves, que podem ser fatais.
As doenças alérgicas podem manifestar-se em qualquer idade, dependendo do balanço entre genética e ambiente, prevendo-se que nas próximas décadas possa ocorrer ainda uma maior incidência de alergias, o qual poderá ser ainda mais significativo na alergia medicamentosa e alimentar.
Sinais e sintomas das alergias
Os sintomas e sinais das doenças alérgicas resultam de reações em que participa o sistema imunológico, designando-se como intolerâncias as doenças em que, podendo partilhar sintomas semelhantes, não existe envolvimento imunitário.
O organismo de um indivíduo com doença alérgica identifica substâncias comuns, designadas como alergénios, como perigosas.
Esses alergénio, que não oferecem risco algum para a grande maioria das pessoas, desencadeiam as reações alérgicas. Quando um indivíduo entra em contacto com um alergénio a que está sensibilizado, desencadeia-se uma resposta alterada, exagerada. O principal responsável pelo desencadear destas reações, nos alérgicos, são anticorpos da classe IgE.
Estrutura de registo
O registo clínico de uma alergia/intolerância deverá passar pela identificação dos elementos de informação identificados na tabela abaixo:
- Origem: identifica a origem da informação – se tem origem na pessoa, no profissional de saúde ou se é baseada na informação do Imunoalergologista.
- Categoria da reação: identifica se a reação está relacionada com alimentação, medicamento ou outra substância.
- Alergénio: identifica o alergénio/agente contra o qual a pessoa desenvolveu uma reação adversa.
- Tipo de reação: identifica o tipo de reação da pessoa.
- Gravidade: identifica a severidade da reação.
- Estado: identifica o estado do registo.
- Data de registo: identifica a data em que foi observada a reação alérgica.