Constipações, viroses e infeções são, infelizmente, comuns na vida dos mais pequenos. Até a adolescência, o sistema imunitário está a desenvolver-se e, portanto, há uma maior vulnerabilidade. A boa notícia é que existem formas de aumentar a imunidade das crianças e ajudar que estejam mais protegidas à medida que crescem.
Uma baixa imunidade abre espaço não apenas para doenças comuns desta fase, mas para vírus e bactérias oportunistas que podem levar a quadros mais graves. Por este motivo, é fundamental oferecer as melhores condições para que o seu filho se mantenha saudável e protegido.
Veja como algumas estratégias simples podem melhorar as defesas e trazer mais qualidade de vida.
Alimentação saudável e equilibrada
Não é segredo que a alimentação é essencial para uma vida melhor. Adultos e crianças beneficiam-se de uma boa nutrição ou, por outro lado, sofrem os efeitos de uma dieta pobre em nutrientes de qualidade. A forma como o seu filho come pode ser determinante para que esteja mais ou menos protegido das doenças.
Para manter a imunidade em alta, especialmente nos períodos de mudança de estação, aposte em alimentos frescos, ricos em vitaminas e minerais. As vitaminas C, E e D e minerais como o zinco, ferro e selénio são muito importantes para a construção do sistema imunitário.
De acordo com a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, a dieta Mediterrânica contém todos os grupos alimentares que contribuem para a imunidade. Adotada em Portugal e nos demais países que circundam o Mediterrâneo, inclui grãos, cereais, proteínas, frutas, vegetais e muita água.
Vacinas em dia
O Plano Nacional de Vacinação é atualizado com frequência para oferecer a todas as crianças a proteção adequada contra doenças potencialmente perigosas. Manter as vacinas do seu filho em dia é garantir que ele não estará suscetível a essas condições e com um sistema imunitário mais fortalecido.
A imunização estende-se mesmo a agentes bastante comuns, como o rotavírus, principal causador de gastroenterite nas crianças. Ainda que esta doença não esteja entre as mais graves para a maioria, pode ser crítica para grupos de risco.
Prática regular de atividade física
Os índices de sedentarismo são cada vez maiores entre as crianças, o que compromete um desenvolvimento físico e emocional saudável. Mexer o corpo é fundamental em qualquer faixa etária e os mais pequenos devem exercitar-se através de brincadeiras e do desporto.
Estas atividades estimulam a socialização, a aprendizagem, o apetite e ainda melhoram a oxigenação e os hábitos de sono. Todos estes fatores influenciam diretamente a imunidade, pois proporcionam o equilíbrio do organismo e da rotina, tal como se quer.
Contacto com a natureza
O contacto com a natureza e as atividades ao ar livre promovem o bem-estar, o que por si tem grande importância no desenvolvimento do sistema imunitário. Os bebés, a partir de determinada idade, e as crianças devem ter liberdade para andar no chão e sujarem-se, pois o excesso de esterilização dos ambientes também pode trazer consequências.
A teoria é defendida desde 1989, quando o epidemiologista britânico David Strachan sugeriu que o contacto com determinados microorganismos na infância era importante para a prevenção de alergias mais tarde. Até hoje, os médicos acreditam e defendem a tese. Da mesma forma, o convívio com animais domésticos também é encorajado por beneficiar o aumento das defesas.
Cuidado com a saúde emocional
As crianças também têm as suas preocupações, angústias, ansiedades e medos. Quando não têm suporte adequado para expressar aquilo que sentem, acabam por interiorizar as emoções ou reagir de forma agressiva. Toda esta confusão de sentimentos gera stress, que aumenta os níveis de cortisol e suprime a imunidade.
É por isso que crianças ansiosas e stressadas ficam doentes mais vezes e podem desenvolver quadros crónicos. Para os mais pequenos, segurança, carinho, equilíbrio e leveza são, sim, uma questão de saúde.