A doença celíaca resulta da intolerância ao glúten e o seu tratamento consiste numa alimentação isenta de glúten para toda a vida. O glúten é uma proteína presente em certos cereais, concretamente o trigo, centeio, cevada e aveia.
Não obstante, não é uma proteína indispensável e pode ser substituído por outras proteínas de origem vegetal ou animal; tornando-se vital, para o tratamento, eliminar todos os alimentos que a contêm da dieta.
Alimentação para doença celíaca
A exclusão de alimentos com glúten, assim como a sua substituição por alimentos especiais sem glúten, permitem ao doente recuperar a estrutura do intestino, reduzir a sintomatologia e ter uma melhor qualidade de vida.
De acordo com o seu teor em glúten, os alimentos podem ser classificados em 3 grupos:
I. Alimentos que seguramente contêm glúten na sua composição
Pão, bolos, pastéis, biscoitos, massas, bebidas destiladas e produtos manufaturados confecionados com farinha de trigo, centeio, cevada e aveia.
II. Alimentos que podem conter glúten
Enchidos e produtos de charcutaria, queijos fundidos, patés, conservas de carne ou peixe, aperitivos, alguns tipos de gelados e guloseimas, sucedâneos de chocolate e café.
III. Alimentos que não contêm glúten
Leite e iogurtes naturais ou de aromas, carnes e peixes frescos ou congelados, ovos, legumes, hortaliças e tubérculos, leguminosas, frutas frescas e secas, arroz, milho, tapioca e derivados, açúcar e mel, azeite e manteiga, sal, especiarias em ramo ou em grão, vinagre de vinho, café em grão, vinhos e espumantes.
A impossibilidade de consumir alimentos com glúten não deve impedir que os doentes celíacos tenham uma vida normal e uma alimentação nutricionalmente equilibrada.
Uma dieta equilibrada e sem glúten deve incluir diariamente uma quantidade variada e adequada de alimentos da roda dos alimentos, de forma a permitir uma distribuição correta em macro e micronutrientes. Desde que a alimentação seja variada e equilibrada, as necessidades de vitaminas, minerais e oligoelementos estão satisfeitas.
É fundamental a consulta regular das listas atualizadas de alimentos permitidos e proibidos fornecida pela Associação de Celíacos.
Alimentação para doença celíaca a evitar
Para maior precaução não devem ser consumidos produtos alimentares que tenham na sua composição:
- Cereais de trigo, centeio, cevada e aveia ou vestígios destes;
- Amido de trigo;
- Amidos modificados (E 1404, E 1410, E 1412, E 1413, E 1414, E 1420, E 1422, E 1440, E 1442, E 1450);
- Amiláceos;
- Espessantes;
- Sêmola de trigo;
- Fécula (exceto a de batata);
- Extratos de levedura.
Assim sendo, torna-se fundamental ler cuidadosamente os rótulos e estar atento à composição dos alimentos manipulados e confecionados pela indústria alimentar.
Contudo, a presença ou não de glúten nos alimentos pode ser assinalada pelo símbolo internacional “sem glúten”, que identifica os alimentos que não têm glúten na sua composição, permitindo uma maior segurança aquando da sua aquisição.
Paralelamente a uma alimentação saudável é fundamental a prática de exercício, binómio essencial para uma vida saudável.
Conselhos básicos na alimentação para doença celíaca
- Cumprir com rigor as indicações de uma alimentação sem glúten;
- Mantiver informação atualizada sobre a lista de alimentos desaconselhados;
- Estiver atento à composição dos alimentos, sobretudo dos processados.