A dolicocefalia trata-se de um tipo de craniossinostose, uma má-formação do crânio.
O que é a dolicocefalia?
A dolicocefalia é uma má-formação do crânio do bebé devido ao fecho prematuro de uma ou mais suturas do crânio.
Tal acontece porque na altura do seu nascimento, os ossos do crânio do bebé estão abertos (aquilo que já ouviu chamar de “moleirinha”) de forma a facilitar a sua saída no parto. Essas mesmas suturas (partes do crânio não fechadas) vão fechando ao longo dos primeiros anos de vida do bebé e só se encontram totalmente encerradas na adolescência.
Contudo, em alguns casos, esse encerramento acontece antes da altura, o que origina a craniossinostose, provocando uma deformação craniana. Assim, a cabeça do bebé fica com um aspeto mais comprimido do que o normal.
Este tipo de patologias podem ser classificadas por vários graus e formas, implicando complicações devido à compressão cerebral.
A craniossinostose pode ser primária ou secundária. Quando é primária deriva de uma mutação genética – o caso da dolicocefalia. Por sua vez, é secundária quando é uma manifestação clínica de uma outra patologia, seja ela genética, metabólica, hematológica ou outra.
Quais as suas causas?
Ainda não existe uma causa específica, mas a comunidade científica acredita que pode ter como causa diversos fatores:
- Mutações genéticas;
- Raquitismo;
- Infeções no útero;
- Pressões intrauterinas;
- Outras mutações que origem outras patologias e que culminem no encerramento prematuro das suturas.
Sintomas da dolicocefalia
O primeiro e mais notório sinal de dolicocefalia é a forma alongada do crânio.
Quanto mais alongado for o crânio, mais problemas daí podem advir, como problemas de mastigação, respiração, distúrbios de visão e compressão e de audição.
Diagnóstico
Este é o tipo mais frequente de craniossinostose. Habitualmente, esta condição é diagnosticada logo nas primeiras consultas do recém-nascido através da palpação do crânio e das medições do índice cefálico ou nas consultas pré-natais, se esta tiver origem durante a gestação.
Consequências
Quando o crânio se fecha muito cedo, o espaço para o crescimento do cérebro diminui. Assim sendo, podem surgir problemas sérios de saúde, tais como:
- Hipertensão endocraniana;
- Atraso no desenvolvimento do córtex cerebral;
- Atrofia tópica;
- Edema de papila.
- Problemas de mastigação;
- Dificuldade na respiração;
- Distúrbios de visão (estrabismo) e compressão e de audição;
- Problemas psicológicos decorrentes da sua aparência física, como depressão infantil.
Tratamento da dolicocefalia
O tratamento é quase sempre a cirurgia com vista a evitar complicações, haja espaço para que o cérebro cresça sem problemas, e corrigir esteticamente o problema.
Normalmente, é aconselhável fazê-la a partir dos 9 meses, porque é nessa altura que existe maior probabilidade de total eficácia. Cientificamente, está comprovado que atrasar a cirurgia até a criança ter pelo menos 12 meses de idade traz sequelas a nível de desenvolvimento intelectual.
Se correr tudo bem, a criança cresce sem quaisquer limitações e pode ter um desenvolvimento perfeitamente adequado para a a sua idade.
A informação presente neste artigo não pretende, de qualquer forma, substituir as orientações de um profissional de saúde ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Assim sendo, perante qualquer incómodo, aconselhamos que se desloque ao seu médico assistente a fim de obter o diagnóstico e tratamento adequado.