A aterosclerose é a condição causadora de muitos incidentes, como ienfartes do miocárdio, AVC, derrames, entre outros. Saiba o que é ao certo neste artigo.
O que é aterosclerose?
A aterosclerose é a acumulação de placas de gordura nas artérias pelas quais circula o sangue. Com a acumulação destas placas o sangue flui com mais dificuldade ou pode mesmo ficar retido/bloqueado em qualquer parte do corpo.
Essa obstrução é uma das mais causas comuns de AVC e enfartes.
Quais as suas causas e fatores de risco?
Esta condição pode ser resultado do colesterol elevado (LDL), o que gera uma reação inflamatória nas paredes internas das artérias e gera as tais placas de gordura que, com o passar do tempo, vão bloqueando a circulação sanguínea pelo corpo.
Mas pode ainda ser causado por outros fatores que não o colesterol, tais como:
- Hipertensão arterial (pressão arterial elevada);
- Infeções por algumas bactérias ou vírus;
- Diabetes;
- Níveis elevados de proteína C reativa, o que pode indicar uma inflamação;
- História familiar de aterosclerose precoce (familiares do sexo masculino com idade inferior a 55 anos ou mulheres com idade inferior a 65 anos);
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Baixo consumo diário de frutas e legumes;
- Idade avançada.
Sintomas da aterosclerose
Os sintomas da aterosclerose dependem do local onde a artéria é afetada, ou seja, de onde a circulação sanguínea é interrompida.
Ainda assim, alguns dos sintomas são:
- Arritmia cardíaca;
- Palpitação;
- Dor no peito (angina)
- Cãibras devido à falta de irrigação de sangue e, portanto, de oxigénio nos tecidos;
- Aumento de pressão arterial.
Se a artéria interrompida for na zona do coração e for repentina e não o desenvolver de uma situação pode dar origem a uma angina ou enfarte; se for na zona do cérebro um AVC; na zona dos pés ou pernas pode causar gangrena (infeção do tecido muscular que se não for prontamente tratada pode levar à morte).
Como é feito o diagnóstico?
No caso de uma pessoa sem sintomas de aterosclerose, habitualmente os médicos solicitam exames de sangue, nomeadamente da glicose (açúcar no sangue), colesterol (LDL e HDL) e triglicéridos.
Quando estão assintomáticos mas têm fatores de risco, é recomendada a realização de tomografia computadorizada do coração e ecografia das artérias no pescoço.
Além disso, se se suspeitar de um bloqueio arterial na zona cardíaca pode ainda ser solicitada a realização de um eletrocardiograma, teste de esforço ou cateterismo cardíaco.
Geralmente, as pessoas com ateroscleroses noutros órgãos costumam ter também bloqueios noutros órgãos que não o principal e onde foi diagnosticado. Daí que o role de exames seja tão extenso e variável.
Qual o tratamento para a aterosclerose?
Para evitar os bloqueios da circulação sanguínea, os indivíduos com níveis mais elevados de LDL ou que tenham um ou mais fatores de risco de aterosclerose são aconselhados a tomar um medicamento para controlar o colesterol, estatina.
Quando existem queixas de dor no peito ou alterações no eletrocardiograma, o médico pode sugerir fazer uma angioplastia ou cateterismo, procedimento no qual é introduzido um cateter para verificar se existem coágulos e desobstruir os vasos sanguíneos. Por vezes, é necessário a colocação de um stent para facilitar a circulação.
Se o caso for mais complexo e desencadear uma condição mais grave, como um enfarte do miocárdio, a terapêutica usada é a cirurgia – e nesta podem ser realizadas diversas técnicas.
Como prevenir a aterosclerose?
A prevenção da doença consiste em minimizar os fatores de risco que podem ser controláveis, como a diabetes, a hipertensão, diabetes, colesterol, etc.
E como? Através de hábitos de alimentação e de exercício físico saudáveis. No que toca à dieta, o ideal é evitar gorduras, fritos e sal. Quanto ao exercício físico, a OMS recomenda que sejam realizados treinos de intensidade média 3 vezes por semana.
Outros hábitos de vida como fumar e ingerir bebidas alcoólicas também devem ser alterados já que também estes contribuem para o “entupimento” das artérias.
A informação presente neste artigo não pretende, de qualquer forma, substituir as orientações de um profissional de saúde ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Assim sendo, perante qualquer incómodo, aconselhamos que se desloque ao seu médico assistente a fim de obter o diagnóstico e tratamento adequado.