Foi-lhe diagnosticado um pólipo no útero e está preocupada? Quase de certeza que não tem que se preocupar e em princípio não deverá ter qualquer problema. A primeira coisa que aconselhamos a fazer é saber mais sobre os pólipos no útero. Sendo assim, prepare uma bebida, sente-se confortavelmente e leia este artigo.
O que são pólipos no útero?
Os pólipos no útero, também conhecidos como pólipos no endométrio consistem no crescimento excessivo de células no endométrio, formando uns nódulos.
Embora o termo “pólipos” possa causar preocupação como mencionámos acima, estes crescimentos são quase sempre benignos (não cancerígenos). A incidência dos pólipos endometriais é mais elevada nas mulheres na pós-menopausa.
Contudo, as mulheres mais novas não são exceção, podendo estas também desenvolver pólipos no útero. O pior é que dependendo das suas dimensões e localização, os pólipos poderão causar problemas em engravidar.
Quais são as causas dos pólipos no útero?
Não se sabe ainda a causa exata para a sua formação. Contudo, pensa-se que as alterações hormonais poderão estar na base das causas para o seu surgimento.
Os pólipos no útero são sensíveis à hormona estrogénio, e como tal crescem em resposta ao estrogénio em circulação. Quando não se dá uma gravidez, o endométrio é eliminado e surge o período menstrual. Na fase seguinte, volta a proliferar sob influência de estrogénios. Os pólipos são, na verdade, áreas de endométrio onde esse crescimento foi excessivo, explica o portal da CUF.
Quais são os sintomas?
Os pólipos no útero podem ser assintomáticos, nomeadamente quando a pacientes de encontra na pós-menopausa. Efetivamente, calcula-se que entre 70 e 75% dos casos em mulheres na pós-menopausa sejam assintomáticos.
Quando são sintomáticos, a manifestação clínica mais comum é o sangramento uterino excessivo.
Em alguns casos, os pólipos no útero, podem interferir com a fertilidade feminina e é também possível que aumentem ligeiramente a probabilidade de uma interrupção da gravidez, embora estes aspetos sejam ainda mal conhecidos.
Por outro lado, quando os sintomas se manifestam, a mulher pode experienciar:
- Dor no útero
- Hemorragias entre os períodos menstruais
- Período menstrual mais abundante
- Corrimento vaginal anormal
- Pequenas hemorragias após as relações sexuais
- Dificuldades em engravidar
Como se diagnosticam os pólipos no útero?
O diagnóstico dos pólipos no útero pode passar despercebido em pacientes assintomáticas, nomeadamente as mulheres na pós-menopausa. Nestas pacientes poderão eventualmente ser detetados numa ecografia transvaginal.
De resto, após relato dos sintomas, poderá ser realizada uma ecografia transvaginal à paciente.
Se houver suspeita de lesões malignas, poderá ser efetuada também uma colheita de amostras do endométrio para análise.
A histeroscopia é outro método eficaz que permite ao médico examinar o interior do útero e remover os pólipos que possam ser encontrados. Desta forma, não será necessário proceder um acompanhamento clínico.
O diagnóstico irá permitir a escolha do tratamento adequado.
Tratamento
O tratamento de um pólipo no útero poderá na verdade nem ser necessário, no caso de aquele ser de dimensões reduzidas e não causar complicações, como impedir a mulher de engravidar. No caso de ser necessário tratamento, este irá, naturalmente, depender do quadro clínico. Costuma ser raro estes crescimentos evoluírem para um problema maligno. Contudo, por vezes quando existe dúvida, o médico opta por uma biópsia.
Acompanhamento clínico: no caso dos pequenos pólipos no útero sem sintomas. O tratamento é desnecessário pois estes crescimentos poderão desaparecer por si.
Medicação: com hormonas, com o objetivo de reduzir o tamanho dos pólipos uterino e aliviar os sintomas. Contudo, com esta solução os sintomas poderão voltar assim que deixar de tomar a medicação.
Curetagem: recolha de uma amostra do interior do útero para análise laboratorial ou remoção do pólipo. A curetagem pode ser efetuada com a ajuda de um histeroscópio que serve para visualizar o procedimento no interior do útero.
Histeroscopia: permite ao médico examinar o interior do útero da mulher e remover os pólipos que possam ser encontrados.
A informação presente neste artigo não pretende, de qualquer forma, substituir as orientações de um profissional de saúde ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Assim sendo, perante qualquer incómodo, aconselhamos que se desloque ao seu médico assistente a fim de obter o diagnóstico e tratamento adequado.