Durante a gravidez surgem uma série de preocupações que podem afetar a vida sexual do casal. Alguns desses receios e ansiedades podem ser motivados por falta de informação, mitos e tabus.
Sexualidade durante a gravidez
Os mitos mais frequentes referem que “a relação sexual pode magoar o feto”, “pode provocar o aborto” ou “o orgasmo pode provocar parto prematuro” (ver 6 Mitos sobre o sexo na gravidez).
Contudo, numa gravidez normal, a relação sexual não é prejudicial e não aumenta o risco de complicações para a saúde materno-fetal.
A gravidez acarreta uma série de alterações no corpo e nos sentimentos da mulher que acabam por influenciar as suas atividades e rotinas diárias. A alimentação, o estilo de vida mas também a sua vida sexual e o modo como se relaciona e vive a intimidade.
O aumento do volume da barriga, sensibilidade do peito, fadiga, sono, variações hormonais, alteração das emoções e da libido são condições que podem diminuir o desejo sexual da mulher influenciando o modo como vive a sua sexualidade durante o período da gestação.
Desejo sexual ao longo da gravidez
No 1º trimestre, a frequência do contacto sexual pode diminuir pelo receio de aborto espontâneo.
No 2º e 3º trimestres, a abundante irrigação sanguínea da zona genital intensifica a excitação sexual e o orgasmo, aumentando o desejo sexual e a frequência da relação sexual.
Contudo, no 3º trimestre, voltam a diminuir devido ao aumento do volume da barriga e ao medo da relação sexual poder desencadear o parto.
Quando não fazer sexo na gravidez?
Na existência de complicações médicas/ obstétricas como ameaça de aborto, risco de prematuridade, hemorragia vaginal, rutura prematura das membranas, incompetência cervical e placenta prévia, o casal deve abster-se das relações sexuais apesar da intimidade emocional e proximidade física se poderem manter de muitas outras formas.
A sexualidade durante a gravidez é uma parte muito importante da vida do casal que deve ser abordada com o profissional de saúde nas consultas de vigilância pré-natal para dissipar dúvidas, sentimentos de culpa e eventuais falhas de comunicação entre o casal.
Viver este período sem culpas, com tolerâncias pelos sentimentos de ambos, descomplicar e estar bem informado são fatores fundamentais para manter a cumplicidade do casal, tão necessária para a preparação de ambos para a parentalidade e para lidar com as alterações que a chegada de um novo membro ao seio familiar desencadeia.
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